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Moçambique ainda dispõe de dinheiro para plano de contingência

01/07/2016 10:26
Moçambique ainda dispõe de dinheiro para plano de contingência

O director nacional adjunto do Instituto de Gestão de Calamidades (INGC), Casimiro Abreu, diz que a instituição ainda dispõe de dinheiro para continuar a implementar o plano de contingência até que a situação da seca que afecta a zona sul e parte do centro esteja controlada.

Falando hoje a margem do II Conselho Coordenador do Ministério da Administração Estatal e Função Publica (MAEFP), que decorre no município da Matola, desde esta quarta-feira, Abreu disse que, até ao momento, o INGC gastou cerca de 315 milhões de meticais (no cambio oficial o dólar norte-americano equivale a cerca de 63 meticais) para assistir as vítimas de um plano orçado em 580 milhões de meticais.
Dados do Secretariado Técnico para a Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN) indicam que até Março último cerca de 1,5 milhão de pessoas estavam em situação de insegurança alimentar em Moçambique.
Relativamente a próxima época chuvosa, Abreu disse que os dados sobre a respectiva previsão serão conhecidos em Setembro próximo, altura em que o órgão a nível da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral vai se reunir para analisar a previsão regional a partir da qual cada país fará a sua ante-visão.
“Ainda não sabemos se a próxima época será de chuvas regulares ou de desastres naturais. Apenas podemos informar que estamos num período de emigração do fenómeno El Nino para La Nina”, disse Casimiro Abreu.
Segundo ele, o SETSAN vai, em Julho, actualizar o número de pessoas em insegurança alimentar devido a seca porque as chuvas que caíram poderão não ter sido suficientes para tirar as vítimas do sofrimento.
Os resultados do estudo do SETSAN, que irá cobrir todas as 11 províncias do país, serão divulgados em Agosto próximo. 
A fonte informou que neste momento o INGC está a preparar a próxima época chuvosa, através da reposição de alguns equipamentos de socorro, prestação de informações afins as comunidades, para além de simulações.
Fora isso, segundo Abreu, foram adquiridos barcos de salvamento, alguns dos quais que já se encontram posicionados nas zonas de risco.
Para a mitigação dos efeitos da seca, Abreu disse que o Governo disponibilizou dinheiro para o abastecimento de água que serviu para a abertura de furos multi-uso.
No prosseguimento deste mesmo esforço, segundo Abreu, foram organizadas pelo Governo feiras agrícolas que servirão para a troca e comercialização de produtos diversos.