Imprensa

Moçambique: Nyusi defende Seguro de Calamidades

28/03/2019 08:08

O governo moçambicano está a seguir, com muita atenção, o processo de operacionalização do fundo de emergência, assim como a dar passos mais acelerados no sentido de criar o seguro de calamidades.

A medida foi recentemente revelada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, em Maputo, que revelou na ocasião, haver passos avançados com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e se espera que os entendimentos até então alcançados desaguem no sucesso. 
“Vamos com muita atenção seguir o processo de operacionalização do fundo de emergência e dar passos mais acelerados no sentido de criar o seguro de calamidades”, disse Nyusi, naquilo que pode ser visto como uma das grandes reacções após a passagem do ciclone Idai que, no dia 14 do mês em curso, dilacerou, quase em 90 por cento a cidade da Beira e alguns distritos da província central de Sofala.
Aliás, desde que o furioso ciclone Idai devastou a cidade da Beira e alguns distritos de Sofala, e não só, as estimativas mais recentes do executivo apontam para 447 mortos; 794 mil pessoas afectadas, 6563 pessoas vulneráveis; e um universo de 128.941 pessoas salvas.
O impacto do ciclone foi igualmente severo sobre as infra-estruturas sócio-económicas, em particular sobre as escolas onde mais de cinco mil salas de aula ficaram total ou parcialmente destruídas, feito que deixou quase centenas de alunos sem aulas. Um total de 23 mil casas foram destruídas, 30 unidades sanitárias afectas, entre outras infra-estruturas.
Não obstante a severidade do ciclone sobre os vários estabelecimentos de ensino, as aulas reataram hoje em diversas escolas daquela cidade, devendo atingir, nos próximos dias, a sua inteira plenitude.
Segundo o presidente, o executivo conseguiu criar um grupo de trabalho que deverá apresentar, a médio prazo, um projecto de longo prazo para todo o processo de reconstrução e restauração da cidade da Beira e as várias infra-estruturas afectadas.
Enquanto isso, as autoridades que trabalham no terreno decidiram suspender as operações de busca e salvamento, via aérea, mercê do abrandamento do nível das águas pluviais, devendo, no entanto, o exercício ser reactivado sempre que houver necessidade justificada.
(AIM)