Moçambique: Informações de mau atendimento na saúde desagradam ministra do pelouro
A Ministra moçambicana da Saúde, Nazira Abdula, manifestou esta quarta-feira o seu desagrado pelas diversas informações relacionadas com o mau atendimento hospitalar em alguns pontos do pais, frisando que estes são actos que não dignificam a sua missão e muito menos a profissão que juraram abraçar.
Falando no parlamento na sessão reservada à Perguntas ao Governo formuladas pelas bancadas parlamentares, Abdula sublinhou que estes comportamentos anormais e anti-éticos são protagonizados por um grupo limitado de profissionais, contra os quais “continuaremos a ser proactivos para a sua identificação e respectiva responsabilização”.
“Continuaremos a solicitar o envolvimento das comunidades para que continuem a ser mais vigilantes e denunciem todas as práticas inadequadas e que não se compadecem com os profissionais de saúde de má conduta”, disse a Ministra exortando, em seguida, aos parlamentares para que em cada oportunidade de contacto com um profissional de saúde seja um momento de educação para a mudança de comportamento, “pois estes, são provenientes das nossas famílias e como tal todos temos uma responsabilidade”.
A Ministra da Saúde informou, igualmente que no âmbito da prevenção e combate a corrupção neste sector, no período de Janeiro a Setembro de 2018, foram recebidas e averiguadas 107 queixas das quais destacam-se, cobranças ilícitas, furtos de bens do estado e medicamentos, demora e mau atendimento.
Estas infracções, segundo a governante, culminaram com instauração de processos disciplinares a 155 funcionários com penas que variam de repreensão pública, demissão e expulsão, procedimento criminal para dois funcionários e oito enviados à Procuradoria Geral da República.
Para fazer face a estas práticas, a Ministra da Saúde informou que o seu pelouro tem vindo a desenvolver várias acções, das quais o reforço da acção inspectiva a qual pretende que seja contínua, intensa e regular.
No que tange à problemática colocada pelos deputados sobre a falta de medicamentos e vacinas nas unidades sanitárias, a Ministra tranquilizou aos moçambicano indicando que “o Serviço Nacional de Saúde dispõe de medicamentos essenciais para o tratamento das doenças que fazem parte do perfil epidemiológico no nosso país”.
“Foram distribuídos para todas as províncias viaturas contentorizadas de modo a apoiar a distribuição interna dos medicamentos dentro da província”, explicou a Ministra para quem a meta do MISAU, para o presente ano de 2018, é de colocação do Sistema de Gestão de medicamentos em 800 Unidades Sanitárias, “facto que é de vital importância, pois visa permitir maior controle e melhor gestão de medicamentos nas Unidades Sanitárias, assim como produzir informação em tempo real para a tomada de decisão na quantificação e fornecimento”.
(AIM)