Moçambique: CFM ameaça interditar comboios do Metrobus

Entretanto, a gestão do Metrobus, uma iniciativa privada de transporte integrado de passageiros que associa automotoras e autocarros, garante não ter dívidas com nenhum fornecedor de serviços, incluindo os CFM. 
Quanto à questão da taxa, Amade Camal, presidente do Conselho de Administração do Metrobus, diz haver um acordo com os CFM para uso das linhas enquanto as duas partes negoceiam a tarifa a ser paga, pelo que não há como se falar em dívidas.
Em comunicado emitido na sexta-feira, os CFM apontam que firmaram, no ano passado, um contrato com esta empresa privada para o reforço do transporte de passageiros nas cidades de Maputo e Matola como uma experiência-piloto, onde há obrigações entre as partes. 
“Volvido um ano, constatamos que o Metrobus está com enormes dificuldades de cumprir o acordado, designadamente a questão do pagamento pelo uso da linha, bem como, e sobretudo, o cumprimento das normas de sistema de gestão de segurança ferroviária e outras obrigações contratuais”, lê-se na nota.
Falando ao “Notícias”, Camal explicou que a única dívida com a empresa pública é de combustíveis, mas foi sanada na mesma sexta-feira, no dia seguinte ao da notificação do valor que devia ser pago. 
Acrescentou não perceber como é que se pode falar em dívida da taxa, pois ainda nem foi definido quanto é que o Metrobus deverá pagar pelo uso das linhas férreas dos CFM. 
Quanto à segurança, disse haver exigência de instalação de dispositivos de monitoria da localização dos comboios, mas o assunto está ainda a ser negociado com os CFM.
Acrescentou que não há nenhuma recusa ao ponto de o assunto ser visto como problema. Aliás, as partes têm feito reuniões regulares, havendo uma marcada para hoje, terça-feira.
(AIM)