Ministro recomenda urgência da reparação
Reconstruir as infra-estruturas e o tecido social afectado pela depressão tropical que assolou as províncias de Nampula, Cabo Delgado e Niassa é algo que deve ser feito com urgência, sob pena de degradar-se a situação das famílias que se encontram sitiadas ou recolhidas em centros de acomodação.
Esta posição foi assumida ontem pelo Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Bonete, que assegurou que o governo está a angariar fundos, junto dos parceiros, visando a recuperação do que foi danificado pelo mau tempo. As estimativas feitas pelas autoridades apontam para necessidades na ordem de 450 milhões de meticais.
“Estamos a acompanhar o trabalho já iniciado pelos governos locais na recuperação das infra-estruturas danificadas. Constatámos que há um empenho nesse sentido pelas acções já levadas a cabo e em curso no sentido de repor a vias de acesso e acudir as populações que ficaram sem casas”, disse Carlos Bonete.
Além de visitar as obras da reconstrução de uma ponte na estrada Monapo/Quixaxe, a barragem de Nacala-Porto e o sistema de abastecimento de água à Ilha de Moçambique, o ministro escalou também os campos de acomodação abertos em Monapo, Ilha de Moçambique e Mossuril.
Entretanto, muitas localidades do distrito de Monapo continuam inacessíveis por estrada, em consequência da destruição das vias pelas intensas chuvas que fustigaram recentemente aquela região.
Carlos Ramos, administrador do distrito, explicou a propósito que a situação está a comprometer o processo de produção agrícola referente à presente campanha, uma vez que muitos camponeses não conseguem deslocar-se às áreas de produção.
Segundo a fonte, a interrupção das vias de acesso devido essencialmente à remoção de solos é mais crítica nos postos administrativos de Itoculo, Netia, particularmente nas localidades de Nacololo, Tanapue e Muculue, por sinal, as mais produtivas.
Lamentou o facto de a estrada Monapo/Quixaxe ainda não ter sido reaberta ao trânsito, depois de ter sido interrompida na sequência da destruição de uma ponte num dos troços da via.
“No sector da educação recebemos algumas tendas que vão servir de salas de aula, vamos dar prioridade às escolas que se apresentam em situação crítica”, explicou Carlos Ramos.