Ministro da defesa diz que acordo com RENAMO previa indicações de três oficiais
O Ministro da Defesa Nacional (MDN), Atanásio M’tumuke, diz que o acordo entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, previa apenas a indicação de três oficiais para cargos de direcção no exército.
M’tumuke falava à margem da cerimónia de empossamento dos oficiais generais da Renamo e outros quadros para cargos de direcção naquele Ministério.
"O falecido presidente da Renamo indicou os três membros que deviam ocupar os departamentos em que estas pessoas foram nomeadas. Logo, estamos a cumprir o entendimento entre as partes", disse.
O Ministro desmentiu alegações segundo as quais havia 14 vagas para oficiais da Renamo. "as vagas eram apenas três e não 14. Isso é uma invenção".
"O que se espera agora é a lista de 10 elementos da Renamo para que façam parte da Polícia, e quem escolheu esses departamentos foi o falecido presidente da Renamo", explicou.
Em relação a nomeação interina dos três oficiais, contestada pela Renamo, o governante disse ser muito normal, argumentando que "ser interino não significa não ser oficial".
A Renamo convocou, quarta-feira, uma conferência de imprensa para manifestar o seu descontentamento com a indicação interina de três membros seus. Além disso, reclamou ainda o facto de as indicações serem interinas.
(AIM)