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Mineiros moçambicanos na RSA pedem melhor atendimento em Ressano Garcia

02/05/2016 13:18
Mineiros moçambicanos na RSA pedem melhor atendimento em Ressano Garcia

Os trabalhadores mineiros na África do Sul pediram hoje ao governo moçambicano a resolução das questões que actualmente os afligem, nomeadamente o tratamento dado pelos agentes das alfândegas na fronteira de Ressano Garcia e no processo da mudança de matrícula das suas viaturas.

Outra questão está relacionada com o enquadramento dos ex-trabalhadores mineiros naquele país vizinho de diferentes ramos de operações nas áreas mineiras de Moçambique, quando estes estão em final de contrato laboral.
Este pedido foi manifestado por um grupo que representa a Comissão dos Trabalhadores Mineiros (CRTMAS) num encontro que manteve, em Maputo, com a ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Diogo, por ocasião do 1/o de Maio, Dia Internacional do Trabalhador.
Ainda em representação dos cerca de 33 mil trabalhadores mineiros, Victor Cossa, que representou este grupo de trabalhadores, agradeceu pelo esforço e preocupação que o governo liderado pelo Presidente Filipe Nyusi tem mostrado na criação de condições para o trabalhador.
Cossa disse que se referia ao processo de emissão de passaportes e a mudança do antigo sistema de pagamento diferido para um novo, através de abertura de contas bancárias individuais em Rand, no país de origem.
“Igualmente, agradecemos (à ministra) pela dedicação e entrega que tem mostrado na implementação do programa Quinquenal do Governo 2015/2019, no que toca ao capítulo de assistência dos cidadãos moçambicanos na diáspora, em particular para o caso daqueles que estão empregues na África do Sul”, disse ele.
Em resposta às preocupações apresentadas, a ministra Diogo reconheceu e disse que faria chegar a mensagem ao Presidente da República.
Aproveitou a oportunidade para apelar aos mineiros a abrirem contas bancárias para permitir fazer uma melhor poupança, de forma a não se fazerem transportar de altas somas de dinheiro, para evitarem assaltos. 
“Com o dinheiro no banco, podemos fazer um empréstimo bancário para desenvolver um projecto, adquirir uma casa melhorada e investirmos. Podemos investir, fazer machamba, construir tanques de piscicultura, fazer uma pequena empresa de construção, aplicar aqueles que são os conhecimentos que nós temos. E os nossos filhos também têm uma garantia para uma melhor educação. Com este nosso dinheiro no banco, estamos a assegurar a nossa protecção, quando estivermos velhos e não tivermos forças para trabalhar”, explicou a Ministra.
Instou que continuassem a mobilizar os trabalhadores mineiros moçambicanos na África do Sul a cultivarem a paz, o diálogo, bom comportamento e o exemplo, porquanto aspectos pelos quais “somos valorizados, reconhecidos e apreciados”.
Acrescentou que “temos que ser trabalhadores exemplares, obedecermos às normas, regras e leis, porque é com o trabalho que garantimos o nosso sustento. É com esse exemplo que se podem abrir as portas para que mais moçambicanos vão trabalhar nas minas da África do Sul”.
(AIM)