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MOÇAMBIQUE/CHUVAS: Mais de 1.580 km de estradas intransitáveis

14/03/2019 12:59
MOÇAMBIQUE/CHUVAS: Mais de 1.580 km de estradas intransitáveis

Cerca de 1.583 quilómetros de estradas de Sofala, Tete, Zambézia, Niassa e Cabo Delgado, estão intransitáveis devido as chuvas intensas que fustigam estas províncias do centro e norte de Moçambique .

O facto foi revelado hoje no parlamento pelo Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, João Machatine, no primeiro dia, de um total de dois, reservados a informações do governo. 
Em termos de infraestruturas de estradas, Machatine disse que, até ao momento, foram destruídos 73 aquedutos, 11 pontes e 10 drifts. 
O ministro, que disse tratar-se de dados preliminares já que ainda decorrem trabalhos de avaliação no terreno, referiu que, neste momento, decorrem obras transitórias para a reposição da transitabilidade nas secções que se mostram adequadas para o efeito, isto porque as outras secções encontram-se submersas.
Para fazer face a ciclicidade de ocorrências dos eventos extremos, o governo decidiu introduzir reformas que concorram para dotar as estradas de maior resiliência aos desastres naturais.
Com base nas tecnologias de construção e manutenção de estradas resilientes, concebidas pela Administração Nacional de Estradas (ANE), serão capacitados empreiteiros nacionais para a sua adopção na rede viária nacional.
“Os contratos de construção de estradas passam a ter uma componente de manutenção pós-obra, que poderá ir até 5 anos, permitindo, deste modo, que os empreiteiros construam as estradas com a qualidade desejada (com a incorporação de elementos de resiliência), sob pena deste mesmo empreiteiro ter que investir em caso de anomalias que possam ocorrer ao longo da vigência do período de manutenção”, explicou o ministro.
Machatine.referiu que os contratos de manutenção passarão a obedecer um ciclo diferente do ano económico, por forma a que os empreiteiros estejam disponíveis e com recursos para monitoria, preparação e resposta imediata em caso de ocorrência de precipitações prejudiciais às vias de acesso.
O pedido de informação sobre o ponto de situação das infra-estruturas rodoviárias e hidráulicas que garantem a circulação de pessoas e bens, abastecimento de água e saneamento ao nível do país, no âmbito da emergência, é da autoria da bancada parlamentar da Frelimo, o partido governamental.
A presente época chuvosa tem estado a registar precipitações normais e acima do normal com maior incidência nas regiões Centro e Norte do país, onde ocorrem precipitações na ordem de 300 mm em 48 horas, com destaque para as províncias de Tete e Zambézia, que registaram uma precipitação equivalente a cerca de 20% da precipitação média anual, tendo causado danos nas estradas, em particular nas não revestidas.
(AIM)