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MITADER destaca progressos na gestão de recursos florestais

24/02/2017 07:51
MITADER destaca progressos na gestão de recursos florestais

O Ministério de Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, MITADER, destaca os avanços que o país regista na gestão sustentável dos recursos florestais, apesar de reconhecer os enormes desafios ainda persistentes na forma de queimadas descontroladas e corte ilegal da madeira.

O optimismo foi expresso esta quinta-feira, em Maputo, pelo director nacional de Florestas, Xavier Sacambuera, no seminário de apresentação do relatório de progressos do Projecto de Estabelecimento da Plataforma de Informação Sustentável dos Recursos Florestais para a Monitoria do REDD+ em Moçambique.
Segundo Sacambuera, o projecto de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal, REDD+ no país, está inserido no âmbito das relações de cooperação bilateral entre Moçambique e o governo do Japão, e visa promover a gestão sustentável dos recursos.
A consumação desse objectivo, segundo a fonte, passa pela criação de uma plataforma de partilha de informação sobre os recursos florestais, de modo a que as partes envolvidas e interessadas possam usá-los de forma sustentável, medida que permitirá a medição, reporte e verificação adequada de REDD+.
“O objectivo não é proibir as pessoas de gerar o carvão ou cortar as estacas para construir as suas casas, mas capacitar as comunidades sobre como podem cortar as estacas”, disse a fonte, acrescentando que o ideal seria usar a ramada para os vários fins e poupar a árvore.
O REDD+ (2013/18), financiado pela Agência Japonesa de Cooperação Internacional, JICA, num montante estimado em seis milhões de dólares, vai ajudar o país a criar uma plataforma de informação sustentável acerca de recursos florestais.
O representante residente da JICA, Katsuyoshi Sudo, disse que a actividade em curso vai demonstrar a actual cobertura florestal e a sua utilização, que vai ajudar na monitoria do desmatamento e degradação da terra. 
O país tem uma área total de florestas calculada em 40.1 milhões de hectares, equivalente a 51 por cento da área total das terras por elas coberta. 
No entanto, o desmatamento está a avançar particularmente no período de cinco anos, desde 2006, altura em que a taxa anual de desmatamento era de cerca de 0,53 por cento, a mais alta registada num período igual.
A agricultura itinerante, a abertura de novas machambas, produção do carvão, o desenvolvimento mineiro e o corte ilegal da madeira, figuram entre as principais causas do desmatamento. (RM)