MISAU apresenta lista de medicamentos essenciais
O MINISTÉRIO da Saúde (MISAU) lançou ontem em Maputo a lista actualizada dos medicamentos essenciais a serem usados nos próximos tempos no Sistema Nacional de Saúde e esclareceu o que são medicamentos essenciais.
Trata-se de um instrumento que visa melhorar a disponibilidade dos fármacos à população, ao mesmo tempo que permitirá o seu uso racional e
garantia de cobertura das necessidades básicas.
A mesma vai, segundo fontes do MISAU, melhorar os sistemas de financiamento e, acima de tudo, o processo de selecção, procura e distribuição dos fármacos necessários para responder às necessidades da população.
São cerca de 400 fórmulas farmacêuticas seleccionadas para o tratamento de 31 grupos de doenças e a lista referente à edição de 2015 tem a particularidade de incluir medicamentos para o tratamento de doenças não transmissíveis.
Falando na ocasião, a Ministra da Saúde, Nazira Abdula, disse que a selecção, aquisição, distribuição e administração de medicamentos na sua óptica de uso racional constitui um dos pilares da Saúde em Moçambique.
Sobre o conceito de medicamentos essenciais explicou tratar-se de remédios que satisfazem as necessidades de saúde da maioria da população a um preço que a comunidade possa pagar, e que por conseguinte deviam estar disponíveis em todos os momentos, em quantidades adequadas e em formas farmacêuticas apropriadas.
"Deve estar claro, para toda a nossa população, que medicamentos essenciais não são agentes terapêuticos de segunda categoria, sem eficácia ou qualidade, seleccionados para os cidadãos socialmente desfavorecidos, mas sim para tratamento mais efectivo com o menor custo para doenças que reflectem necessidades colectivas e não necessariamente individuais ou de segmentos específicos", explicou.
Nazira Abdula disse que trabalhar com a lista de medicamento é mais do que uma atitude de austeridade financeira e se traduz num exercício de inteligência clínica e de gestão baseada em evidências.
Pesou para a listagem dos medicamentos o tipo de doenças mais comuns no perfil epidemiológico do país, incluindo as doenças não transmissíveis.
O trabalho foi feito por um grupo multidisciplinar que constitui uma importante contribuição para o país e que vai ser um importante instrumento na área da gestão e logística farmacêutica.
Em última análise, garante o MISAU, vai melhorar os cuidados de saúde que o sector da Saúde oferece à população e com maior eficiência e segurança.