MCTESTP capacita Secretários Permanentes em segurança cibernética
O Ministério de Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional através do Instituto Nacional de Governo Electrónico (INAGE) capacitou Secretários Permanentes em segurança Cibernética, uma acção que tem como objectivo sensibilizar os servidores públicos sobre as melhores práticas no decurso das suas actividades.
Com duração de um dia, a capacitação surge da necessidade de garantir a segurança dos sistemas e Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no âmbito da Lei das transacções económicas.
De acordo com o Secretário Permanente do Ministério de Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional, Celso Laíce, o objectivo do seminário é sensibilizar os Secretários Permanentes dos ministérios em melhores práticas de protecção e armazenamento de dados.
Para Laíce há uma necessidade de consciencialização e de promoção de cultura de segurança cibernética aos servidores públicos, uma vez que os Secretários Permanentes são gestores de topo e tem responsabilidades acrescidas no reforço da segurança cibernética no país para a protecção das instituições do estado, das infra-estruturas e sistemas críticos e de soberania no geral.
“Actualmente, torna-se necessário falar da importância da segurança cibernética tendo em conta o aumento do acesso a internet que aumentou a exposição e vulnerabilidade aos crimes cibernéticos”, salientou Laíce.
Outrossim, o governo e autoridades competentes devem tomar medidas para prevenir e combater ataques cibernéticos que podem causar danos a nível individual ou institucional enfraquecendo a segurança territorial e da estabilidade do estado, destruição da reputação de indivíduos e instituições públicas e privadas, roubo de identidade e dados, destruição de sistemas entre outros.
Como avança Laíce, dados indicam que a utilização das TIC em África e no geral regista um crescimento assinalável, e em Moçambique o acesso a internet cresceu 300 por cento nos últimos dois anos.
Os processos registados pelo SERNIC entre 2015 – 2018 indicam que as fraudes relativas a instrumentos e canais de pagamentos electrónicos mostram que houve cerca de 4.444 casos.
Em relação as regiões com maior registo destes casos, destaca-se a cidade de Maputo com 1938, Gaza com 419, Sofala com 420 casos.
Contudo, a província de Manica não registou nenhuma fraude relativa a instrumentos e canais de pagamentos electrónicos e a província de Inhambane teve apenas 15 casos, sendo que as principais formas de disseminação dos ataques são as páginas Web, email, redes sociais e pen drives usados nos computadores pessoais.
Por sua vez, o Secretário Permanente do Ministério do Interior, Zefanias Muhate, afirma que o Centro de Dados deve tomar o comando de trabalhar com todos os ministérios para que estes sejam seguros, e ao nível do Ministério do Interior é necessário trabalhar para garantir segurança dos dispositivos electrónico.
Para o efeito, é importante a existência de um orçamento para todos os ministérios que garanta o alojamento dos sites das instituições.
Por seu turno, Domingos Artur, Secretário Permanente do Ministério da Cultura e Turismo, afirma que a segurança cibernética deve ser uma preocupação, visto que a cultura e turismo usam as plataformas digitais para a promoção da imagem do país além-fronteiras.
“Vender produtos e explorar os potenciais mercados implica a utilização das TIC, o que torna necessário a difusão destas formações a todas unidades orgânicas”, salienta Domingos Artur. (RM)