Jovens devem impulsionar o desenvolvimento do país
O antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, disse que a juventude deve estimular o espírito de autoconfiança e recorrer a todos os meios disponíveis para contribuir para o desenvolvimento do país.
Chissano afirmou que tal como fizeram os jovens do “25 de Setembro”, combater por um ideal, agora a juventude deve usar todos instrumentos do saber e da tecnologia ao seu dispor para tirar Moçambique da pobreza e elevá-lo aos níveis dos países mais desenvolvidos do mundo.
Falando depois da cerimónia de homenagem aos heróis nacionais pela passagem do seu dia, 3 de Fevereiro, Joaquim Chissano afirmou que a bravura dos conquistadores da independência deve ser valorizada, promovendo o desenvolvimento pela liberdade económica.
“Mesmo sem condições, os jovens de outrora fizeram a sua parte ao lutar, com bravura, coragem e determinação, para libertar o país do jugo colonial português, numa altura em que muito pouco se falava das tecnologias, sobretudo as de comunicação e informação”, propôs Chissano.
Apontou os exemplos de países como a Coreia do Sul, a China, o Japão que estão desenvolvidos e que ajudam Moçambique, que criaram a sua própria estabilidade recorrendo a recursos e meios internos para evoluir e superar a pobreza.
Chissano reconheceu, entretanto, que o país evoluiu substancialmente e já atingiu níveis de desenvolvimento assinaláveis, mas pode ir muito mais longe e atingir patamares tal como todos os outros estados evoluídos.
Sobre a passagem do Dia dos Heróis, Joaquim Chissano louvou a postura do povo moçambicano que continua a honrar a data que, segundo disse, lembra a sua própria história e daqueles que lutaram por uma nação livre de qualquer forma de exploração.
“É de louvar a experiência dos moçambicanos que respeitam e honram aqueles que trouxeram a liberdade, que lhe permite todas as iniciativas para o melhoramento do seu bem-estar. É de louvar esta postura do povo moçambicano”, reiterou Chissano.
Segundo disse, o povo pode fazer muito mais para elevar a sua consciência patriótica e dar valor àqueles que lutaram pelo seu bem-estar, inspirando-se em histórias de mérito e de confiança, tal como mostram os exemplos de Eduardo Mondlane.
Eduardo Mondlane, assassinado a 03 de Fevereiro de 1969, foi o fundador da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), através de uma bomba disfarçada em livro, equipada com um sistema de detonação que foi accionado na abertura da obra.
Este dia foi consagrado a todos os heróis moçambicanos que, tal como Eduardo Mondlane, deram as suas vidas para a libertação do país do colonialismo português.