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INSS investe para garantir maior robustez financeira

24/02/2016 10:31
INSS investe para garantir maior robustez financeira

O Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) aposta no investimento, nas várias áreas da economia moçambicana, como forma de ganhar uma maior robustez financeira, de modo a conseguir honrar o pagamento dos pensionistas.

Actualmente, a carteira de investimentos do INSS está calculada em cerca de 300 milhões de dólares norte-americanos.
Deste valor, o depósito a prazo contribui em 64 por cento na área da banca, investimento no ramo imobiliário (21 por cento), participações em sociedades (nove por cento) e obrigações (seis por cento).
Falando em conferência de imprensa havida hoje, em Maputo, o director-geral do INSS, Alfredo Mauaie, anunciou que aquela instituição está a rever a política de investimentos, instrumento que vai permitir estabelecer balizas, melhor organização e uma melhor abordagem. 
“Enquanto decorre este processo da elaboração da política de investimento, o INSS definiu alguns aspectos a observar, naquilo que é o funcionamento da instituição em relação ao investimento. Estes aspectos são a questão da necessidade de diversificar o investimento; apostar não só na diversificação, mas também na dispersão de investimento”, disse.
Mauaie entende que a mitigação do risco do incumprimento das obrigações do INSS é feita através desta componente da dispersão e diversificação dos investimentos.
Por isso, Mauaie explicou que a nova direcção da instituição, em funções desde finais de 2015, teve como prioridade a verificação dos investimentos do INSS, através do levantamento de todos os processos em curso ou já realizados.
Dessa verificação, constatou que alguns investimentos estão a gerar retorno, alguns não com a regularidade que seria de desejar e outros deverão ser reavaliados, porque tardam a produzir retorno.
Assim, caberá à direcção da instituição fazer o levantamento das constatações e levar ao Conselho de Administração uma informação exaustiva sobre a situação, órgão que tem a competência para tomar qualquer decisão sobre investimentos.
Mauaie disse estar ciente que a instituição continuará a investir, mas sem desviar-se do seu principal propósito, que é garantir o pagamento das prestações dos pensionistas.
“Portanto, o investimento é uma actividade-meio, não é uma actividade-fim do INSS. O INSS não se pode desviar daquilo que é o seu foco. É daí que estamos a avançar numa perspectiva de, em relação aos investimentos na imobiliária, encontrar, por via da parceria, uma abordagem que vai consistir numa administração indirecta do património imóvel que o INSS dispõe. Não nos queremos desviar para actividades de gestão do património imóvel, porque esse não é o nosso foco”, vincou.

Questionado sobre o ponto de situação da obra que irá albergar o escritório-sede da instituição, na baixa da cidade, embargada por causa do acidente havido e que levou a morte de alguns trabalhadores, a fonte disse que o INSS não vai interferir no processo de construção, uma vez que não tem ligação directa com o empreiteiro.
“O processo deve correr seus trâmites normais. O INSS tem uma ligação com a empresa que tem vínculo com o empreiteiro. Esta empresa deve garantir a conclusão da obra nos termos acordados. É claro que, sendo obra do INSS, a instituição deve acautelar os seus interesses, em termos da qualidade. Daí decorre que o INSS tem lá alguém que está a acompanhar esta obra”, afirmou.
O INSS possui participações no Banco Internacional de Moçambique (BIM), Banco MOZA e Banco Único. No que tange às sociedades, participa na CETA (empresa de construção civil e obras públicas), Companhia Moçambicana de Seguros, entre outras. 
Também possui vários empreendimentos, entre os quais se destacam o Hotel Chissaca, na província meridional de Maputo, Complexo Regional de Xai-Xai (Gaza, sul) e Hotel Lichinga (Niassa, norte). 
O INSS contava até Dezembro de 2015 com mais de 70 mil contribuintes, 46 mil pensionistas e cerca de 1.350.000 de beneficiários.
(AIM)