INE reporta primeiros números do censo 2017
Mais de seis milhões de pessoas foram inquiridas nos primeiros oito dias do IV Recenseamento Geral da População e Habitação, que decorre até 15 de Agosto próximo em todo o país.
Entretanto, o Instituto Nacional de Estatística (INE) assume que, de facto, o número real de cidadãos registados é superior ao apresentado, uma que vez que os dados disponíveis são referentes a apenas 30 por cento dos 1717 Órgãos Executivos de Recenseamento (OER) estabelecidos pelo país fora.
Segundo o porta-voz da instituição, Cirilo Tembe, que ontem falou a jornalistas para dar o ponto de situação sobre o processo, números fiáveis sobre os cidadãos e domicílios recenseados só poderão estar disponíveis nos próximos dois dias, depois de processados os dados dos restantes órgãos executivos de recenseamento.
O ligeiro atraso no acesso à informação sobre o número de entrevistados tem a ver com o facto de o material de registo não ter chegado a tempo a alguns distritos e localidades. No entanto, Cirilo Tembe garantiu que desde o início desta semana, a informação censitária já começa a ser enviada para os serviços centrais do INE.
“No início tivemos alguma insuficiência de material informático para garantir o envio da informação. Até ao dia 1 de Agosto, data do início do recenseamento, este material ainda não tinha chegado a todos Órgãos Executivos de Recenseamento, mas já se encontrava disponível ao nível dos distritos. Isso ditou que a informação chegasse atrasada à nossa sede”, explicou.
Para garantir fluidez dos dados colhidos o INE montou um sistema electrónico de controlo operacional, que garante contacto permanente com as províncias, distritos, postos administrativos e todas unidades do censo. Cada órgão executivo congrega áreas de enumeração dispostas em 80 a 155 agregados familiares.
A fonte assegurou que o objectivo de cobrir a totalidade dos habitantes será alcançado até ao dia 15 deste mês. Para o efeito, os recenseadores têm uma meta diária de recensear entre 10 e 15 indivíduos por dia.
Cirilo Tembe desmentiu informações dando conta da vandalização de material censitário na província do Niassa e roubo de equipamento no Centro de Processamento de Dados na Matola, província de Maputo.
No decurso das operações estatísticas, apenas a província de Maputo e Inhambane atingiram 98 por cento da introdução dos dados recolhidos nos inquéritos aos domicílios.
Fonte: jornalnoticias.co.mz