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Homens da RENAMO integrados na PRM

05/08/2019 12:58
Homens da RENAMO integrados na PRM

Dez guerrilheiros da Renamo, que faziam parte da força residual do maior partido da oposição em Moçambique, passam a partir de hoje, a pertencer as fileiras da Polícia da República de Moçambique (PRM).

A sua integração é fruto do Acordo de Cessação de Hostilidades assinado, quinta-feira, entre o governo moçambicano e aquela formação política.

O acto da integração dos homens da Renamo teve lugar hoje, em Maputo, na Unidade de Intervenção Rápida (UIR) e foi testemunhada por membros da PRM ao mais alto nível.

O Comandante Geral da PRM, Bernardino Rafael, que dirigiu a cerimónia de apresentação dos homens da Renamo, pediu aos membros da corporação para que facilitem a sua integração, através da criação de condições que permita aos novos membros o domínio imediato das ciências policiais.

"Temos que enquadrar esses nossos colegas naquilo que é a matéria policial. Nós já preparamos uma grelha rápida para inseri-los na matéria policial. Terão a formação para saberem os estatutos da Polícia, terão que saber em pouco tempo aquilo que são as mínimas peças de expediente", disse.

Segundo o homem mais forte da PRM, a corporação preparou um tempo mínimo de 45 dias para assegurar que os novos membros da polícia possam adquirir noções fundamentais para garantir o exercício pleno da sua actividade.

"Todos nós seremos docentes dos nossos (novos) colegas quando já estiverem no exercício das suas missões na PRM na garantia da ordem e segurança públicas. Temos que ensiná-los sem receio. Estes irmãos fazem parte da corporação policial", sublinhou Bernardino Rafael.

Por seu turno, o representante do grupo dos novos membros, Lacson Suale Laina, garantiu que os mesmos estão prontos para colaborar com a corporação, bem como cumprir e fazer cumprir as normas que regem a PRM.

"Pomo-nos a vossa disposição para cumprir todas as ordens que nos serão incumbidas", disse o brigadeiro Lacson Suale Laina.

Refira-se que a integração da força residual da Renamo surge no âmbito do diálogo entre o governo e a Renamo, que culminou com a assinatura Acordo de Cessação de Hostilidades assinado pelo Presidente da Republica, Filipe Nyusi e o líder da Renamo, Ossufo Momade, quinta-feira, no distrito de Gorongosa, província central de Sofala.
(AIM)