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Gwaza Muthini - Pais queixam-se de cobranças ilícitas

17/01/2018 10:19
Gwaza Muthini - Pais queixam-se de cobranças ilícitas

Pais e encarregados de educação queixam-se de cobranças ilícitas na Escola Secundária Gwaza Muthini, distrito de Marracuene, província de Maputo.

As cobranças, segundo as nossas fontes, são protagonizadas pela direcção deste estabelecimento de ensino, num valor monetário de 400 meticais, como condição para matrícula.

O “Notícias” soube que a este valor acresce-se entre 600 a 850 meticais, referente às taxas de matrícula para o curso diurno e nocturno, respectivamente.

Rafael Rumbane, encarregado de educação de um dos alunos, demonstrou insatisfação com a situação.

“Antigamente desembolsávamos 75 a 110 meticais para pagar algumas despesas e este ano estão a pedir-nos 400”, disse.

Zuleica António, mãe e encarregada de educação, disse estar preocupada pois não dispõe do dinheiro requerido.

“Minha filha é do curso nocturno, tenho que depositar 1250 meticais. Se não faço a matrícula nestes dias (até sexta-feira), a minha filha já não terá acesso à vaga”, declarou.

Brígida Rumbane, directora da Escola Secundária Gwaza Muthini, negou as acusações, alegando que o valor destina-se à construção de salas e pagamento dos guardas.

“A instituição de ensino dispõe de 15 salas e a cada ano o fluxo de alunos tende a aumentar. Para tal, precisamos de mais salas. No ano passado tínhamos algumas turmas com 115 alunos. Precisamos também de guardas, e até então temos seis”, indicou Brígida Rumbane.

Adiantou que o valor foi proposto e concordado pelos pais e encarregados de educação numa reunião ocorrida em finais do ano passado.

Esclareceu que a questão está a ser levantada pelos pais e encarregados de educação que têm os seus educandos a entrar na escola pela primeira vez, visto que não estavam devidamente esclarecidos.

Segundo apontou, os alunos estão a fazer a matrícula na condição de liquidarem o valor durante o ano, em três prestações de 250 meticais.