Greve violenta abala Açucareira da Margara
Os trabalhadores da Açucareira da Maragra afectos às machambas, no distrito da Manhiça, província meridional de Maputo, em Moçambique, estiveram em greve na quarta-feira exigindo aumento salarial.
Os grevistas queixam-se da disparidade salarial entre os trabalhadores das machambas e os operários da indústria.
Os grevistas queixam-se ainda da diferença salarial entre os trabalhadores moçambicanos e estrangeiros.
Augusto Maria, um dos manifestantes, é citado pelo diário de notícias O País na edição de hoje a afirmar que a Açucareira da Maragra usa duas fichas para o pagamento de salários, sendo uma para os operários e outra para os agricultores.
Os nossos companheiros têm o salário de sete mil meticais [mensais] e nós, os da machamba, recebemos apenas três mil meticais (um dólar equivale a cerca de 61 meticais ao câmbio corrente). Então, nós estamos a reivindicar, a fim de que a empresa pague o mesmo salário aos agricultores e operários da fábrica, porque somos ambos trabalhadores da mesma empresa, disse.
Segundo apurou O País, a manifestação surge depois de seis dias de paralisação consentida pela direcção da empresa.
No entanto, os trabalhadores exaltaram-se depois de regressar ao trabalho e constatar que a direcção atribuiu faltas, não obstante ter consentido seis dias de paralisação.
Esta decisão não foi bem-vista pelos trabalhadores, que vandalizaram uma viatura da empresa, instalando-se uma confusão que se estendeu até ao bairro.
Foi preciso chamar a Unidade de Intervenção Rápida (UIR) para restaurar a calma.
A Rádio Moçambique reportou a existência de pelo menos quatro feridos.
(AIM)