Governo solidariza-se com as vítimas do naufrágio em Maxixe
O Governo moçambicano solidariza-se com as vítimas do naufrágio que se deu domingo último no distrito da Maxixe, baia de Inhambane, província com o mesmo nome, sul do país, que resultou em sete mortos, incluindo três crianças, e 27 feridos, dos quais sete graves.
Falando à imprensa no final da 4ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, havida hoje, em Maputo, a porta-voz daquele órgão de soberania, Ana Comoana, disse que 39 passageiros saíram ilesos e, após o acidente, seguiram o seu destino.
“O Governo lamenta profundamente este trágico acidente e solidariza-se com as vítimas e também com as famílias enlutadas”, afirmou Comoana, que igualmente é vice-ministra da Cultura e Turismo.
O Executivo manifesta a gratidão às autoridades locais, incluindo pessoas singulares que se prontificaram em prestar o seu apoio, mormente no momento do naufrágio.
Segundo Comoana, prossegue o trabalho da comissão de inquérito, ora criada, para averiguar as reais causas do acidente marítimo.
A comissão surgiu de uma reunião de emergência que se realizou no dia do acidente. Os resultados do inquérito deverão ser anunciados num prazo de 12 dias.
Informações das autoridades marítimas apontam, como causa preliminar, um curto-circuito no motor, ocorrido quando o marinheiro punha o barco a funcionar para iniciar a viagem.
Ao verem sinais de fogo no motor, os passageiros puseram-se em pânico, dirigiram-se, todos, para o lado do cais e o barco não suportou e virou.
A embarcação preparava-se para partir da cidade da Maxixe com destino à vizinha cidade de Inhambane (capital provincial), uma distância que dura cerca de 30 minutos.
O naufrágio envolveu uma embarcação construída de madeira, com motor fora de bordo.
Nos últimos anos, Moçambique tem vindo a registar naufrágios com alguma frequência, causando mortes.
A maioria dos naufrágios é causada por superlotação das embarcações, uma situação que tem motivado alguma preocupação no seio das autoridades governamentais.
Em 2018, o ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, exigiu a introdução de melhorias no mecanismo da fiscalização da lotação das embarcações, a habilitação das tripulações e ordenou a retirada de circulação dos barcos sem condições para o transporte seguro de pessoas e bens.
Dados do Governo indicam ter havido mais de 360 naufrágios que causaram cerca de 120 mortes e perto de uma centena de desaparecidos, desde 2016.
(AIM)