Governo reconhece sua fraca intervenção no sector informal
O Governo reconhece sua fraca intervenção no sector informal para que este possa estimular e contribuir para melhoria do ambiente de negócios em Moçambique. A posição foi hoje manifestada pelo vice-ministro da Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa, no seu discurso de abertura da conferência do sector informal, um evento, de um dia, que decorreu em Maputo, tendo como objectivo debater o papel que este exerce no crescimento económico do país.
Actualmente, o sector informal conta com cerca de sete milhões de agentes económicos informais, contribuindo em cerca de 60 por cento no Produto Interno Bruto (PIB) e empregando cerca de 80 por cento dos moçambicanos.
Aliás, desde meados de 2016, o Ministério da Indústria e Comércio (MIC), através do Instituto para a Promoção de Pequenas e Médias Empresas (IPEME), está a levar a cabo uma campanha denominada Quero Ser Formal.
O principal objectivo da iniciativa consiste em capacitar os vendedores informais em ferramentas de contabilidade, gestão de conhecimentos sobre técnicas de abordagem e estabelecimento de ligações de mercados.
Reconhecemos que é ainda insuficiente a nossa intervenção, disse o vice-ministro, destacando a importância de assistência do IPEME à Câmara do Comércio Indústria Juvenil (CCIJ).
Desde 2015, o IPEME e a CCIJ tem realizado acções de sensibilização e de assistência na área fiscal através da tributação simplificada e, com estas acções, tem conseguido incluir no mercado formal jovens e mulheres.
No entanto, além de ter apoiado a iniciativa do IPEME, o vice-ministro aconselhou o sector informal a estar bem munido de ferramentas para que não seja capturado pela burocracia.
De Sousa mostrou seu cepticismo face a adesão do sector informal ao formal. Estou com medo mas, ao mesmo tempo, é preciso que estejam preparados para a burocracia.
O vice ministro assegurou que o governo acarinha e não está disponível para usar o sector informal para enriquecer os dirigentes.
Sobre o enriquecimento, o governante garantiu que tudo faremos para ajudar as mamanas a saírem da pobreza.
Explicou que, ao invés de diariamente vender cerca de 50 meticais (um dólar equivale a 60 meticais) e obter um lucro de 10 meticais, o sector informal deve ultrapassar a rentabilidade.
(AIM)