Governo poderá retirar subsídio a algumas panificadoras
Nos últimos tempos, o pão de 200 gramas tem sido vendido com um peso de apenas 122 gramas, o que lesa o consumidor. Mas, para além das panificadoras estarem a enganar os consumidores, comercializando pão com peso não recomendado, a saúde deste (consumidor) está comprometida, visto que, segundo constatação da INAE, muitas padarias estão a produzir pão no meio de condições de higiene e limpeza consideradas críticas, daí que algumas padarias já foram convidadas a encerrar as portasaté que revejam esta situação.
De acordo com a INAE, no que ao peso do pão diz respeito, o executivo não apenas irá fazer análise caso a caso, como também, poderá retirar o subsídio às panificadoras que não estejam a cumprir com aquilo que são os acordos rubricados, entre a Associação Moçambicana dos Panificadores (AMOPAO) e o Governo.
Em todas as padarias visitadas e que se tenha constatado que o peso do pão está abaixo do acordado, estão a ser multadas. E não só o governo vai analisar caso a caso, mas também vai retirar o subsídio daquelas (padarias) que não estão a cumprir com aquilo que são os acordos assinados no memorando, em termos de peso, para que elas possam receber o subsídio, porque estão a penalizar o consumidor, anunciou segunda-feira Maria Rita Freitas, inspectora geral da INAE, citada pela edição de hoje do Mediafax.
Freitas, que fazia o balanço das actividades de fiscalização levadas a cabo semana passada, por uma equipa multissectorial da INAE, em parceria com o Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ), disse não fazer sentido que as panificadoras estejam a agir desta maneira para com os consumidores, uma vez que, segundo anunciou, as padarias através da AMOPAO, aceitaram receber as compensações disponibilizadas pelo governo, através do Ministério da Indústria e Comércio, compromentendo-se a manter os preços e o peso devidamente definido para o pão. Então, se existe um memorando, eles devem cumprir o que está no memorando. O governo está a subsidiar as padarias no sentido de garantir que o cidadão tenha o pão ao peso adequado, sublinhou.
Segundo a fonte, é obrigatório que todas as padarias tenham no balcão de venda, uma balança para o cidadão poder conferir, caso queira, o peso do pão que está adquirir. É obrigatório afixar o preço do pão e o peso deste, o que não está a acontecer. Não existe esta informação e não tem a balança para poder-se confirmar o peso do pão, sublinhou.
Outra constatação feita pela equipa multissectorial de fiscalização está ligada a não observação das mais elementares regras de limpeza e higiene nas padarias.
Conforme anunciou a fonte, as condições em muitas das padarias visitadas são deploráveis, dai que algumas padarias foram convidadas a encerrar as portas até que normalizem a situação de higiene e limpeza, uma vez tratar-se de um atentado à saúde do cidadão.
Não podemos permitir que uma padaria que produz pão, as condições de higiene e limpeza não sejam as desejadas. Não podemos ter animais de estimação no local de fabrico de pão, nem no local de venda deste. Mas encontramos, em alguns casos, animais de estimação nestes locais, lamentou Freitas.
(AIM)