Imprensa

Governo mobiliza recursos para reconstrução pós "DINEO"

21/02/2017 07:57
Governo mobiliza recursos para reconstrução pós "DINEO"

O Governo moçambicano vai continuar a mobilizar recursos a nível interno para angariar os recursos necessários para a reconstrução de infra-estruturas destruídas pelo ciclone DINEO na quarta-feira da semana passada.

As últimas estimativas indicam que o governo provincial precisa mais de 900 milhões de meticais (cerca 12,8 milhões de dólares ao câmbio corrente) para a reconstrução das infra-estruturas danificadas pelo DINEO. 
Segundo o Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, o Governo vai fazer a avaliação das necessidades complementares ao esforço interno para depois analisar o cenário de aproximação aos parceiros internacionais.
O Primeiro-Ministro falava hoje a jornalistas no final da visita de dois dias que efectuou a província de Inhambane com início no domingo. 
Do Rosário deixou claro que o esforço passa primeiro pela mobilização de recursos a nível interno (provincial e central) com o envolvimento do sector empresarial, sociedade civil, bem como campanhas de solidariedade entre moçambicanos.
“Estamos neste momento a fazer o levantamento para termos a clareza do que deve ser feito imediatamente, o que a província pode fazer com os recursos locais. Vamos avaliar a nossa capacidade central e aquilo que forem excessos iremos pedir aos nossos parceiros internacionais. Mas também contamos com a solidariedade interna, as empresas, a sociedade civil”, disse o governante, sublinhando que “ todo o esforço vai ser feito para que possamos agir de uma forma consentânea porque os estragos foram grandes”.
Hoje, segundo e último dia de trabalho a província de Inhambane, o Primeiro-Ministro escalou sucessivamente os distritos de Massinga, Morrumbene e Maxixe, onde visitou os locais severamente devastados pelo ciclone, incluindo escolas, unidades sanitárias e infra-estruturas públicas.
O Primeiro-Ministro apontou como uma das prioridades a necessidade de assegurar que as crianças retomem as aulas urgentemente através de soluções a nível local, mas também com condições que permitam cobrir as salas de aula para que decorram de uma maneira regular. 
“A cobertura de salas de aula, de postos de saúde são uma grande prioridade”, disse.
Defendeu ainda a necessidade de assegurar que a população tenha sementes para preparar a segunda época para poder recuperar as áreas perdidas com a seca e ciclone. Só este fenómeno natural devastou pelo menos 29 mil hectares de culturas diversas.
Outro imperativo é assegurar o abastecimento de água e saneamento para evitar a eclosão de surtos de doenças.
(AIM)