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Governo estuda estratégias de gestão do mercado da aviação

04/07/2016 10:32
Governo estuda estratégias de gestão do mercado da aviação

O Ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, afirma que a adopção de políticas e estratégias de gestão face aos desafios do mercado constitui um aspecto inserido na equação do governo, no âmbito da reestruturação de empresas públicas,

incluindo a empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM).
Mesquita apontou, a título de exemplo, os desafios tecnológicos que surgem a medida que o tempo passa, assim como novas rotas por explorar e, para o sucesso neste contexto, há que optimizar os recursos existentes e a respectiva rentabilização. 
“Esse é um aspecto que Moçambique tem estado a pensar no seu processo de reestruturação de empresas públicas onde a LAM, sendo uma delas, também está a trabalhar profundamente na pesquisa do melhor cenário, onde pode ir buscar melhores parcerias para o seu contínuo desenvolvimento”, disse o governo.
Falando no encontro que juntou hoje em Maputo quadros de várias especialidades formados na Etiópia nas vertentes bilateral e a comercial, Mesquita reconheceu que a Etiópia registou avanços assinaláveis na indústria de aviação e o país tem estado a cooperar para desenvolver o capital humano nesse domínio.
No encontro, que marcou também o termo da visita de três dias que o Primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Desalegn, esteve a efectuar ao país, a fonte ressaltou a alocução “pedagógica” do visitante sobre o trabalho da “Ethiopian Airlines” na reinvenção na administração das Linhas Aéreas do Malawi, e a abertura para fazer o mesmo com Moçambique.
Desalegn debruçou-se sobre a abordagem do negócio da aviação a nível mundial e regional que, na óptica do titular da pasta dos transportes e comunicações, espelha uma série de desafios enfrentados pelas transportadoras aéreas muitas delas em risco de cair na falência devido a redução dos níveis de ocupação de aeronaves em várias rotas.
A dissertação do Primeiro-ministro etíope reflectiu as dificuldades que a Ethiopian Airlines encontrou na altura e conseguiu ultrapassar quer em termos de gestão, quer em termos de manutenção sem deixar a componente comercial.
“Foi essa experiência que nos passou de forma resumida, mas no fundo expressou a abertura que a Etiópia continua a ter para apoiar os países de África, em particular Moçambique, na perspectiva de desenvolver mais e melhor a aviação civil e o controlo do espaço aéreo”, rematou a fonte.
A visita efectuada ao país pelo Primeiro-ministro etíope marca um ponto de viragem nas relações cooperação entre os dois países, a avaliar pelas realizações consumadas durante a sua estada, onde para além da assinatura de acordos de cooperação visitou empreendimentos económicos com interesse na matéria-prima produzida.