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Governo encerra comportas da barragem dos pequenos Libombos

02/03/2017 07:42
Governo encerra comportas da barragem dos pequenos Libombos

As Autoridades moçambicanas fecharam, terça-feira, as comportas da barragem dos Pequenos Libombos, no rio Umbelúzi, uma medida que visa economizar a água e, consequentemente, aumentar a quantidade desta naquele reservatório.

A informação foi avançada, esta quarta-feira, pelo Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Bonete, durante um briefing orientado pelo Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário.
A estação de bombagem e tratamento de água do Umbelúzi é a principal fonte do precioso líquido para a Grande Área Metropolitana de Maputo e depende do fluxo regular de água da barragem dos Pequenos Libombos, que igualmente alimenta a vila municipal de Boane e a autarquia da Matola.
A queda do nível do reservatório na barragem levou a empresa Águas da Região de Maputo, SA (AdeM) viu-se forçada a introduzir um programa de restrição no abastecimento de água às cidades de Maputo e Matola e ao distrito de Boane, com efeitos a partir de 10 de Janeiro último.
O nível de enchimento chegou ao extremo de cair para 13 por cento. Porém, Bonete disse que as chuvas recentes permitiram uma recuperação até cerca de 20 por cento, e o governo acredita na possibilidade de vir atingir a fasquia de 50 por cento. t.
Até terça-feira, o reservatório libertava 1,5 metros cúbicos de água por segundo para o Umbelúzi. Com as comportas fechadas, nada está saindo do reservatório.
Bonete disse à AIM que isso era possível porque ainda há água a jusante em Movene, que está fornecendo a estação de tratamento.
Quando já não houver água em Movene, serão abertas as comportas dos Pequenos Libombos. Isso exige uma coordenação cuidadosa por parte dos gestores de recursos hídricos.
Bonete colocou o maior deficit hídrico de Maputo em 120.000 metros cúbicos por dia. Parte desse deficit poderia ser suprido com as águas subterrâneas. 
“Há potencial para explorar as águas subterrâneas nos distritos de Marracuene e Manhiça, ao norte da capital”, disse ele (mas seria necessário usar novas redes de água para levar esta água para Maputo).
Outra possibilidade seria utilizar água armazenada na barragem de Corumana, no rio Sabié, no distrito de Moamba. Isso exigiria a construção de uma conduta de 100 quilómetros de comprimento para transportar a água para o centro de distribuição Machava, no Município da Matola.
O Ministro disse que 1,4 milhões de dólares americanos são necessários imediatamente, e as medidas de curto prazo custariam mais de 16 milhões de dólares. A longo prazo, as soluções custariam mais de um bilhão de dólares, incluindo novas barragens, como a de Moamba Major, no rio Incomati.
(AIM)