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Governo disponibiliza 50 autocarros para cidade de Maputo

01/02/2016 12:12
Governo disponibiliza 50 autocarros para cidade de Maputo

O Governo moçambicano disponibilizou hoje 50 autocarros destinados a reforçar as frotas dos operadores de transporte público urbano da cidade de Maputo, capital do país.

Os 50 autocarros, avaliados em oito milhões de dólares americanos, fazem parte de um lote de 213 unidades a serem distribuídas, em todo o país, e representam a materialização de parte do Plano Económico Social para 2016.
O primeiro lote, composto de unidades com 50 assentos, cada começa a operar na próxima terça-feira circulando em duas rotas, nomeadamente, Zimpeto-Museu e Zimpeto-Baixa, e serão geridos pela Cooperativa de Transportadores do Corredor N1 (COOTRAC N1), operador privado fundado em 2013.
A vice-ministra dos Transportes e Comunicações, Manuela Rebelo, que falava momentos após a cerimónia de entrega dos autocarros, reconheceu que os veículos não vão resolver a deficiente oferta de transportes semicolectivos, que persiste há anos na urbe.
Para colmatar o inoperante sistema de circulação de transportes semicolectivo, na cidade de Maputo, o Executivo exigiu do fornecedor uma assistência técnica garantida até 150 mil quilómetros, revisões, reparações e seguro contra todos os riscos, num período de quatro anos.
“Impusemos estas garantias, para evitar que o Estado continue a investir avultados recursos na aquisição de autocarros que funcionam num período muito abaixo da vida útil prevista para este tipo de meios”, frisou Rebelo.
No entanto, como forma de contornar o congestionamento que se verifica nas horas de ponta na capital do país, a governante sublinhou que o Conselho municipal de Maputo concedeu faixas dedicadas ao transporte semicolectivo urbano.
As faixas, cuja fase piloto de implementação inicia também na próxima terça-feira, abrangem os corredores Zimpeto-Museu e Zimpeto-Baixa, e a sua utilização será das 5:30 minutos às 8:30 minutos, bem como das 15:30 minutos às 19 horas. O sistema abrange apenas as primeiras horas dos sábados.
“Sendo nossa convicção que haja colaboração de todos, vamos registar significativas melhorias na fluidez do trânsito neste corredor”, disse a governante.
Rebelo disse, por outro lado, que será brevemente criado um organismo que congregará os actuais operadores e eventuais interessados na exploração de uma determinada rota de transporte.
Disse tratar-se de uma “nova forma de organização que permitirá o alcance de melhores resultados operacionais e melhoria da qualidade do serviço prestado aos cidadãos, desde o cumprimento dos horários, aumento da frequência, responsabilização do operador, combate aos operadores ilegais”.
Por seu turno, o presidente do Conselho Municipal de Maputo, David Simango, explicou que o processo de faixas especiais para os transportes semicolectivos vai trazer equívocos aos condutores, pelo que apelou a participação de todos para a concretização da medida.
Simango disse ainda que o mecanismo visa transportar maior número de pessoas em tempo oportuno, portanto é necessária a participação de todos na correcção dos defeitos.
“Vamos ter conflitos e estamos conscientes desses conflitos e à medida que vamos implementando vamos corrigir. Dissemos que aqueles meios de transporte que levam mais gente terão prioridade em relação àqueles que levam uma ou duas pessoas”, disse o edil.
Para o presidente da COOTRAC N1, Rodrigues Matola, a gerência de transportes públicos urbanos requer muita perspicácia e participação de todos não de forma teórica mas sim prática.
“Temos consciência de que o transporte não é feito de discursos mas sim de custos e esses custos significam dinheiro e o dinheiro só vem de uma tarifa compensatória”, disse Matola, salientado que uma tarifa justa está garantida para cobrir os custos da operação, dar lucro e permitir ao operador a renovação da frota.
Paralelamente as faixas especiais para os transportadores semicolectivos, Matola vincou que vão permitir maior mobilidade e aumento do número de viagens.