Governo cria comissão para fusão das TDM e Mcel
O Governo revelou hoje, em Maputo, a necessidade de se criar uma comissão para a fusão das empresas públicas Telecomunicações de Moçambique (TDM) e a Moçambique Celular (Mcel) que nos últimos tempos têm apresentando situações financeiras deficitárias.
A informação foi avançada pelo porta-voz do governo moçambicano, Mouzinho Saíde, no término da 25ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros.
Será uma comissão independente a fazer o estudo de fusão das duas empresas e vai-se propor soluções viáveis para a questão financeira das mesmas, disse Mouzinho, acrescentando que posteriormente, será apresentado o nome da (futura) empresa, com os seus recursos humanos.
Durante as visitas efectuadas pelo Primeiro-Ministro (PM) moçambicano, Carlos Agostinho Rosário, ano findo, às duas empresas de telecomunicações, constatou-se que a TDM precisa de cerca de 500 milhões de dólares americanos para atravessar a sua actual crise financeira. Enquanto isso, a Mcel necessita de ser recapitalizada, em montantes não revelados.
Segundo o porta-voz, a comissão em causa vai trabalhar juntamente com o Instituto de Gestão de Participações do Estado (IGEPE).
A comissão e o IGEPE vão trabalhar juntos na restauração das duas empresas com vista a torná-las numa única com capacidade competitiva e sustentável, disse a fonte, adiantando que a nova empresa deverá ser doptada de meios tecnológicos, financeiros e humanos qualificados.
Esta fusão vai permitir a convergência dos serviços fixos e móveis, isto é, serviços de voz, dados e internet, usando uma plataforma fixa e móvel, acrescentou.
Mouzinho, que é igualmente vice-ministro da Saúde, disse que durante o Conselho de Ministros, debateu-se também a situação nutricional no país, tendo-se concluído que foram envidas às Províncias de Manica, Inhambane e Zambézia 828 toneladas de produtos alimentares para servir a um total de 78 mil pessoas.
Para além da questão nutricional, apreciou-se o decreto que aprova o código de publicidade, tendo em consideração o desenvolvimento da economia e o crescimento do mercado publicitário no país, bem como os valores culturais, sociais e económicos, afirmou.
Segundo o porta-voz, a nova proposta de código de publicidade poderá abarcar aspectos relacionados à media, reforço ao princípio de responsabilidade publicitária nas plataformas digitais, veículos, serviços de saúde, entre outros.