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Governo apela à solidariedade interna as famílias afectadas pela seca

24/02/2016 09:56
 Governo apela à solidariedade interna as famílias afectadas pela seca

O governo apelou ontem aos moçambicanos a se solidarizarem para com às famílias afectadas pela seca no país, tomando algumas iniciativas que levem a minorar o impacto negativo da situação.

O apelo foi feito por ocasião da 5ª sessão ordinária do Conselho de Ministros que teve lugar esta terça-feira, em Maputo, durante a qual foi apreciado o relatório da visita que o Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, efectuou à província de Inhambane, Sul do país.
A visita do Primeiro-Ministro `aquela região de Moçambique foi realizada no âmbito da monitoria da situação de emergência e da avaliação do grau de resposta do Governo e seus parceiros na mitigação dos efeitos negativos da seca.
Falando à imprensa no final da sessão, o porta-voz do governo, Armindo Ngunga, explicou que estão afectadas pela seca, na província de Inhambane, cerca de 76 mil pessoas das quais 10.500 beneficiam de ajuda alimentar, que constitui uma das medidas tomadas pelo governo.
“Constatou-se que na província de Inhambane, particularmente os distritos de Mabote, Govuro, Funhalouro e Panda são os mais afectados, onde estão perdidos 17.660 hectares de culturas diversas, 44 cabeças de gado bovino, sendo 30 cabeças em Mabote e 14 em Massinga”, explicou Ngunga.
“Para mitigar a situação foram realizadas algumas medidas entre as quais a distribuição de alimentos a 10.500 famílias, realizadas feiras agrícolas, reabilitadas 105 fontes de água e construídas outras 15, mas também foram mobilizadas as populações para fazerem agricultura em zonas húmidas”, acrescentou.
Na mesma sessão, o Conselho de Ministros apreciou e aprovou a Estratégia Nacional de Segurança Social Básica 2016/2024, que visa, segundo Ngunga, a materialização do Plano Quinquenal do Governo 2015/2019, através da implementação de acções que concorrem para a redução da pobreza e da vulnerabilidade.
Pretende-se ainda, com a Estratégia, assegurar que os resultados do crescimento da economia moçambicana beneficiem a todos os cidadãos, sobretudo os que vivem em situação de pobreza e de vulnerabilidade, priorizando o respeito dos seus direitos sociais.
O Conselho de Ministros aprovou também as Acções Prioritárias na área do Turismo para o ano de 2016, as quais visam transformar o sector do turismo numa verdadeira industria da Paz e Progresso, que contribua para a criação de mais postos de trabalho e bem-estar das comunidades locais, através do aumento da renda familiar e para o incremento do produto interno bruto (PIB).
Na ocasião, o governo aprovou uma serie de medidas para a melhoria do ambiente de negócios no país, tendo em vista tornar fácil desenvolver negócios, com enfoque nos indicadores de competitividade internacional.

O conselho de Ministros apreciou igualmente as constatações e conclusões do inquérito dos Exames da 10ª e 12ª classes, do ano lectivo de 2015, onde se apurou, entre outros males, existência de um fraco interesse dos alunos `as aulas, fraca assiduidade, ambiente de aprendizagem não adequado, professores com um fraca motivação e qualificação, e existência de corrupção, envolvendo alguns professores.
Estas constatações serão matéria de análise e tomada de medidas por parte do sector de educação.
(AIM)