Gestão ineficaz e corrupção minam desmocratização das instituições públicas
O Presidente, Filipe Nyusi, adverte que a ineficácia na gestão e a corrupção minam todo um processo de democratização das instituições públicas, contribuindo para a degradação da entre elas, cidadãos e parceiros de cooperação. Falando hoje em Maputo, durante a apresentação oficial dos membros do Fórum Nacional do Mecanismo Africano de Revisão de Pares (MARP) que
vão trabalhar na segunda avaliação, Nyusi afirmou que o actual momento tempestuoso, que se vive no país, deverá servir de uma lição para a mudança de atitude dos funcionários públicos na gestão das instituições públicas.
O MARP, instrumento africano para o qual já aderiram mais de 30 países, avalia o desempenho de cada país no que concerne a democracia e governação política; gestão económica; corporativa; desenvolvimento sócio-económico e questões transversais que incluem aspectos de pobreza e desigualdades; ligação partido-Governo e negócios; HIV/SIDA; propriedade da terra; alfabetismo, entre outros.
O Chefe de Estado reconheceu que a crise económica que se faz sentir no país representa um desafio para a implementação do Plano Quinquenal do Governo 2014-2019.
Por isso, Nyusi defende uma gestão racional dos parcos recursos existentes bem como uma criatividade individual e colectiva pela parte do Executivo.
Esperamos que se valorize e se implemente as lições aprendidas nestes momentos tempestuosos, disse.
Moçambique enfrenta uma crise financeira devido aos empréstimos não declarados contraídos entre 2013 e 2014, no valor de 2,2 milhoes de dólares pela Empresa Moçambicana do Atum (EMATUM), Proindicus e Mozambique Assets Management (MAM).
Dirigindo-se aos membros do Fórum Nacional do MARP, particularmente ao Bispo emérito dos Libombos, Dom Dinis Sengulane, recém-eleito membro do Painel de Personalidades Eminentes do MARP, Nyusi afirmou estar ansioso em ver os resultados que o grupo irá produzir durante o seu mandato.
Temos igualmente plena confiança na nobreza da sua visão e das suas acções, vincou.
Integram o Fórum Nacional do MARP Máximo Dias, Reverendo Dinis Matsolo, João Leopoldo da Costa, Gilberto Coreia, Eduardo Constantino, Adelino Buque, João Uthui.
(AIM)