Gás para veículos automóveis: Governo prepara expansão de postos de abastecimento
O MINISTÉRIO dos Recursos Minerais e Energia e parceiros estão a preparar um estudo para aferir a viabilidade da expansão de infra-estruturas de abastecimento de gás veicular aos vários pontos do país.
Com a ideia pretende-se reduzir o consumo de petrolíferos no país e, consequentemente, minimizar a factura com a importação destes combustíveis.
Falando recentemente ao nosso Jornal, Moisés Paulino, director nacional de Combustíveis e Hidrocarbonetos no Ministério dos Recursos Minerais e Energia, recordou que a factura actual de combustíveis é estimada em 600 milhões de dólares meticais por ano.
Trata-se de um valor que, segundo a fonte, é elevado, tendo em conta a capacidade da nossa economia.
“Se expandirmos a infra-estrutura do gás veicular não teremos 100 por cento dos produtos petrolíferos importados e o nosso gás de Pande e Temane irá minimizar a factura da importação de combustíveis, que é de cerca de 600 milhões de dólares. Se reduzirmos esse valor para metade recorrendo ao uso do nosso gás, será muito bom”, observou Paulino.
Segundo ele, a ideia do Governo é ir resolvendo, paulatinamente, o problema da falta de postos de abastecimento de gás veicular.
“Por exemplo, a Autogás, que é a empresa que gere os postos de abastecimento de gás veicular, já pensa em ir até ao distrito de Marracuene, mas com o estudo de viabilidade a que me referi, acreditamos que nos próximos dois ou três anos algo vai mudar com a expansão de infra-estruturas”, perspectivou.
Moisés Paulino destacou ainda a importância do gás natural para o futuro da economia moçambicana, considerando que este recurso se apresenta como a “nossa salvação por ser de produção nacional”.
Ressalvou que quem está atento aos reajustes dos preços dos combustíveis, que têm sido anunciados nos últimos meses, há-de constatar que o gás natural veicular custa sempre metade do preço da gasolina ou do gasóleo.
“Portanto, quem fez a conversão para usar os dois combustíveis pensou bem. A aposta que tem que existir por parte do Governo e de nós, como técnicos do Governo, é continuarmos a fazer a expansão de infra-estruturas, porque se for a ver os cinco postos de abastecimento que existem no país estão concentrados nas cidades de Maputo e Matola”, apontou.
Moisés Paulino acredita que se o país tiver postos de abastecimento de gás veicular em todos os pontos será um alívio “porque os moçambicanos vão preferir usar o gás nas suas viaturas.”