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Ferrão anuncia novas medidas na direcção das escolas

20/05/2016 10:54
Ferrão anuncia novas medidas na direcção das escolas

O ministro moçambicano da Educação e Desenvolvimento Humano, Jorge Ferrão, anunciou hoje, em Maputo, que está em curso um processo de reciclagem dos directores das instituições de ensino, para vitalizar o sector. O ministro falava na abertura da 8ª edição da Feira Internacional de Educação, um evento promovido pela Comunidade Académica Para 

o Desenvolvimento da Educação (CADE), que decorre, durante três dias, sob lema “lema “Fazer da Educação um Elemento chave para o desenvolvimento do Capital Humano”.

“Estamos num processo de reciclagem dos nossos directores, pois, normalmente, depois de serem nomeados ficam muito tempo nos cargos, entre 6 a 10 anos”, revelou Ferrão, para quem se deve adoptar uma nova dinâmica para sector da educação. 
“Essa não deve ser uma actividade vitalícia, mas sim uma tarefa merecida e com a aprovação da comunidade escolar”, acrescentou o ministro.
De acordo com o governante, o processo, em curso, vai possibilitar igualmente a determinação de prazo de permanência dos directores na gestão das instituições de ensino no país. 
“Estas medidas visam também determinar o tempo em que os nossos directores podem ficar a gerir uma escola e, só assim, podemos mudar o sistema da nossa educação”, afirmou.
Na ocasião, o ministro lamentou o facto de Moçambique estar a atravessar momentos de tensão político-militar, afirmando que isso prejudica o processo normal das aulas em algumas zonas do país. 
“Lamento o facto de alguns alunos no distrito de Moatize, Província de Tete, não estarem em aulas por causa das acções armadas, que paralisaram, recentemente, cinco escolas com 288 alunos e 28 professores”, afirmou o governante. 
Por seu turno, o presidente do CADE, Cassamo Nuvunga, disse haver necessidade de o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, o maior partido da oposição no país, Afonso Dhlakama, se encontrarem, num diálogo político, para o fim da tensão político-militar.
“Esta feira acontece numa altura em que se vive um momento de tensão, neste caso, é preciso parar com o conflito para que o nosso país desenvolva”, disse.
Para a qualidade de ensino e aprendiz em Moçambique, segundo Nuvunga, há necessidade de se possibilitar, ainda mais, a existência de debate entre diversas entidades académicas, do ensino básico ao superior. 
A abertura da 8ª edição da Feira contou com a participação de várias pessoalidades académicas e governamentais.
(AIM)