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Famílias abandonam casas na zona de risco

21/02/2018 09:38
Famílias abandonam casas na zona de risco

Mais 71 famílias abandonaram as suas residências nas proximidades da lixeira de Hulene, na cidade de Maputo, por temerem novos deslizamentos de resíduos sólidos, uma vez que a chuva continua a cair.

Iolanda Cintura, governadora da cidade, que ontem visitou o centro de acolhimento no bairro Ferroviário, disse que equipas multi-sectoriais estão no terreno a trabalhar para normalizar a vida dos afectados.

No local da tragédia, que vitimou 16 pessoas, tal como indicou, outras equipas trabalham visando a normalização da situação.

Conforme a fonte, as autoridades também estão empenhadas na transferência das famílias que vivem nas redondezas da lixeira.

“Há melhorias nas condições de acomodação das pessoas que foram vítimas directas da tragédia. Foi necessário montar-se mais tendas em função do número de famílias que foram chegando”, disse.

No que tange à alimentação, a governante disse que todas as famílias têm comida, uma vez que o INGC e o município disponibilizaram mantimentos. Foram, igualmente, fornecidos produtos de higiene pessoal e água.

“Logo pela manhã passaram equipas da Saúde para verem a situação das pessoas acomodadas no local. Temos estado a receber apoio da comunidade, agentes económicos e confissões religiosas. Em suma, estamos a criar condições para atender as vítimas da tragédia”, disse.

A fonte disse que os feridos estão a registar melhoria e dentro de dias poderão receber alta hospitalar. Acrescentou que há um trabalho psicológico que está a ser feito com as pessoas envolvidas para que elas estejam em melhores condições para lhe dar com a situação.

A Acção Social já está a interagir com as famílias para indicação das datas de realização dos enterros, uma vez concluídas as autópsias.

Entretanto, o Conselho de Ministros recomenda ao Conselho Municipal da Cidade de Maputo para agilizar o processo de transferência das populações para zonas seguras, bem como o processo de encerramento da lixeira.

O governo saúda o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, os governos locais, as Forças Armadas de Defesa de Moçambique, as autoridades municipais e todos os trabalhadores das instituições envolvidas directamente nas operações de busca, salvamento, acomodação, assistência alimentar e sanitária da população afectada pelas intempéries, encorajando-as a prosseguirem com os esforços para minimizar os efeitos negativos destas calamidades.

Considerando que a época chuvosa e dos ciclones ainda não passou, o governo exorta as populações residentes nas zonas de risco a fixarem-se em locais seguros.

O Conselho de Ministros apela o sector privado, a sociedade civil, a população em geral e os parceiros de cooperação para continuarem a manifestar a sua solidariedade para com as populações afectadas, contribuindo com meios e bens que permitem a continuação da assistência humanitária, a redução de impacto e a rápida reconstrução pós calamidades.