Falsos inspectores preocupam INAE
O governo moçambicano está preocupado com a proliferação de impostores, que se aproveitam da Inspecção Nacional de Actividades Económicas (INAE) para extorquir dinheiro aos agentes económicos.
Por isso, a inspectora-geral da INAE, Rita Freitas, chama atenção aos agentes económicos para, quando chegar uma brigada de inspectores, verificar a sua autenticidade.
Para o efeito, os agentes económicos deverão exigir a credencial que os autoriza a exercer a sua actividade ou o cartão de inspector e, em caso de dúvida, denunciá-los às autoridades competentes.
Freitas fez a advertência em conferência de imprensa sobre o balanço da quadra festiva.
Na ocasião, instruiu os agentes económicos para evitarem pagar valores monetários a supostos funcionários ou inspectores que não apresentarem a sua identificação.
Para os casos suspeitos, os agentes económicos poderão tirar uma fotografia do inspector e enviar para INAE para confirmar a sua identidade.
Freitas aponta os proprietários estrangeiros dos estabelecimentos comerciais, como sendo os alvos preferidos dos falsos inspectores, citando como exemplos nigerianos, congoleses, etíopes, somalis, ruandeses e árabes.
Explicou que parte significativa dos imigrantes é ilegal. Por isso, os falsos inspectores aproveitam-se dessa fragilidade legal de alguns agentes económicos.
“Todo o agente económico deverá conhecer a legislação do sector de actividade que está a trabalhar, para evitar que seja burlado”, disse, acrescentando de seguida que “sempre que (o comerciante) duvidar de uma brigada que pensa que não seja da INAE, deverá ligar para o número 1464, ou mesmo tirar imagens e mandar pelo whatsapp para perguntar se são inspectores da INAE”.