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FIDA vai conceder 25 milhões USD para apoiar agricultura em Moçambique

31/01/2017 07:59
FIDA vai conceder 25 milhões USD para apoiar agricultura em Moçambique

O Fundo de Investimento para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) vai conceder 25 milhões de dólares ao governo moçambicano no corrente ano para apoiar os pequenos agricultores no país. Com esta iniciativa, o FIDA reafirma o seu apoio a Mocambique que, actualmente, beneficia mais de 2,1 milhões de famílias rurais.

O facto foi anunciado hoje, em Maputo, pelo director-geral do FIDA, Kanayo Nwanze, minutos após o término de uma audiência que lhe foi concedida pelo Primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário.
“O corpo directivo do FIDA decidiu em Dezembro desembolsar 25 milhões de dólares para Moçambique como forma de apoiar na luta contra a pobreza”, disse o director-geral do FIDA.
O FIDA iniciou as suas operações no país em 1983, tendo disponibilizado até então, mais de 400 milhões de dólares, financiando 12 programas.
O objectivo principal é aumentar o acesso dos produtores de pequena escala, pescadores artesanais, as tecnologias e recursos de produção, mercados geradores de lucros, bem como aos serviços financeiros adequados e sustentáveis em zonas rurais.
Por isso, Nwanze disse ao Primeiro-ministro que a instituição que dirige está engajada no desenvolvimento agrário em Moçambique, sobretudo na aquacultura, promoção de mercados rurais, da pesca artesanal, extensão agrária, bem como em alavancar a cadeia de valor nos corredores de Maputo e Limpopo, este último na província meridional de Gaza.
“O Primeiro-ministro apreciou de forma positiva o cumprimento dos seis programas, de um total de 12 que temos em Moçambique, e acredita ser possível acabar com a pobreza no país, uma vez que o governo também está determinado na busca de soluções para o efeito”, afirmou.
Nwanze, que iniciou a visita ao país hoje, também defende a necessidade de investir nas zonas rurais como forma de manter a segurança alimentar, fortemente ameaçada por fenómenos climáticos adversos, tais como cheias e secas.
Sobre os projectos do FIDA desenvolvidos no país, Nwanze vincou que os estão em linha com os objectivos daquela instituição, pelo que durante a sua visita, vai manter contactos com os pequenos produtores beneficiários e, com eles discutir a acção dos projectos sobre os seus meios de subsistência.
Nwanze, que deverá inaugurar esta terça-feira um escritório da instituição em Moçambique, termina sua visita ao país na quarta-feira.
O director-geral do FIDA deverá deslocar-se ao Malawi para acompanhar o efeito das mudanças climáticas naquele país da África Austral.
(AIM)