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Estabilização dos indicadores macroeconómicos só com a paz

23/03/2017 07:44
Estabilização dos indicadores macroeconómicos só com a paz

O Primeiro-Ministro de Moçambique, Carlos Agostinho do Rosário, afirma que a estabilização dos indicadores macroeconómicos está condicionada a manutenção de uma paz efectiva e duradoira, boa campanha agrícola e aumento do investimento directo estrangeiro.

Falando hoje, em Maputo, na sessão de informações do Governo à Assembleia da República, o parlamento, o Primeiro-Ministro saudou o envolvimento e esforço de toda a sociedade moçambicana na recuperação da economia do país.
“A estabilização dos indicadores macroeconómicos irá decorrer da manutenção da paz efectiva e duradoira, boa campanha agrícola e aumento do investimento directo estrangeiro principalmente na indústria extractiva, em particular a exploração do carvão e do gás”, referiu. 
Sobre a consolidação das contas públicas, segundo o Primeiro-Ministro, o governo está a rever a política de formação de preços “para assegurar que os subsídios actualmente direccionados para os bens e serviços administrativos beneficiem efectivamente a população mais necessitada”. 
Do Rosário, que se referia ao reajuste dos preços de combustíveis líquidos anunciado terça-feira, disse ser neste contexto que foram retomados os ajustamentos graduais que visam assegurar a continuidade e estabilidade na sua disponibilidade. 
“Gostaríamos, porém, de assegurar que o Governo irá manter os subsídios aos combustíveis para os transportadores semicolectivos licenciados. Mantém-se, igualmente, a redução em 50 por cento da taxa sobre os combustíveis no gasóleo para os sectores produtivos da nossa economia, incluindo a agricultura, indústria mineira, energia e pesca”, disse o governante. 
Frisou que para garantir um preço acessível do petróleo de iluminação às populações mais vulneráveis não será cobrado o IVA e taxas sobre combustíveis.
Na sua intervenção, o Primeiro-Ministro também abordou as acções em curso para o reforço da capacidade de prontidão e de resposta aos desastres naturais, bem como de reconstrução de infra-estruturas vitais para a normalização da vida de cidadãos.
Neste âmbito, e com vista a mitigar os efeitos das calamidades naturais, está em curso a construção de diversas infra-estruturas de regulação de rios e novos sistemas de drenagem, ao longo de todo o país.
Citou como exemplo a entrada em funcionamento do sistema de drenagem do Rio Chiveve, na cidade da Beira, capital da província central de Sofala, que permite aumentar a capacidade de escoamento das águas das chuvas.
Ainda neste contexto, Do Rosário disse estarem em curso acções coordenadas com os países membros da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC) com vista ao estabelecimento do Fundo Comum de Gestão de Risco de Calamidades para investir em mecanismos de resiliência climática e responder as necessidades decorrentes de desastres naturais.
O governo volta quinta-feira ao parlamento para responder as insistências dos deputados.
(AIM)