Empregabilidade exige mais competência dos candidatos
A Ministra do Trabalho Emprego e Segurança Social (MITESS), Vitoria Diogo, aponta a formação e competências como pré-requisitos que os candidatos ao mercado de trabalho devem demonstrar, para assegurar a sua empregabilidade num mundo cada vez mais globalizado. Os valores, princípios éticos e a cultura de trabalho e de integridade são alguns dos principais ingredientes para a empregabilidade, incluindo o equilíbrio emocional, saúde
física e mental, a polivalência, auto motivação e orientação para o futuro, estão entre os componentes que não podem ser postos de lado.
Falando quinta-feira na palestra havida em Maputo subordinada ao tema Empregabilidade e a Visão da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em relação ao profissional do Secretariado, Diogo disse que um profissional idóneo do secretariado administra o trabalho dentro dos princípios legais e éticos.
Nos dias que correm, o profissional de secretariado é um dos colaboradores mais próximos do centro decisório em qualquer instituição, o que lhe deve proporcionar uma visão geral da cultura da empresa, tal como acontece no mundo em geral, não sendo por isso diferente para este bloco comunitário, explicou a palestrante.
Como visão comum dos países da CPLP, segundo Diogo, pode apontar-se a necessidade da aposta no ensino técnico-profissional, porquanto é reconhecido o seu valor estratégico para o desenvolvimento dos povos e o reforço da sua presença no mundo, cada vez mais globalizado e competitivo.
Esta foi uma das conclusões saídas da I Reunião Extraordinária de Ministros da CPLP, realizada em Díli, em Abril de 2015, disse Diogo, acrescentando que a educação profissional promove o acesso universal à educação e a qualificação técnica de quadros, com conhecimentos teóricos e práticos e, em simultâneo, desenvolve capacidades orientadas para no futuro.
Isto faz com que as organizações precisem de indivíduos voltados para o futuro, que procuram adquirir competências, que inspirem desafios a si próprios e aos empregadores, ou seja, indivíduos que lutam por ser sempre empregáveis e comprometidos com a visão, missão e valores da Organização, disse.
A fonte, apontou que Moçambique definiu a educação e a formação vocacional e técnico-profissional como prioridades para o desenvolvimento, razão pela qual no segundo pilar do Programa de governação, o Desenvolvimento do Capital Humano, é assumido como uma das grandes apostas, visando assegurar aos cidadãos uma educação profissional qualitativa.
A governante esclareceu que a educação defendida por Moçambique deve estar assente em padrões de competências e na formação vocacional do capital humano, no sentido de contribuir para incentivar o empreendedorismo, a inovação e a empregabilidade para competir em pé de igualdade com outros da região e do resto do mundo.
Hoje, um secretário deve e tem de ser visto para além da mera actividade imediata que é, administrativa, deve ser alguém que exerce uma profissão baseada em conhecimentos técnicos e ser capaz de contribuir para a criação de uma cultura organizacional atractiva, destacou.
Resumidamente, segundo Diogo, este profissional, deve ser alguém que, para ter sucesso, tem de se preocupar com o que fazer, para que fazer, quando fazer, porque fazer e como fazer.
Alguém com capacidade de fazer fluir a informação na organização e que tem noção do poder que exerce, um poder que lhe permite rapidamente se ajustar aos sinais do mercado e de gerir e transformar objectivos e estratégias, visando obter vantagens em mercados cada vez mais competitivos, concluiu.
(AIM)