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Eleição intercalar pode ser decidida na 2ª volta

26/01/2018 11:27
Eleição intercalar pode ser decidida na 2ª volta

A Comissão Distrital de Eleições (CDE) da cidade de Nampula deve anunciar hoje os primeiros resultados oficiais da eleição intercalar da última quarta-feira naquele município. No entanto, pelos números do apuramento preliminar, há indícios de que a disputa pode exigir a realização de uma segunda volta, envolvendo os candidatos da Frelimo, Amisse Cololo António, e da Renamo Paulo Vahanle.

Esta projecção tem suporte nos resultados preliminares apurados nas 401 mesas de voto, que não colocavam nenhum dos candidatos em posição de atingir a maioria absoluta.

O presidente da CDE, Marcelino Martinho, assegurou que o processo de apuramento dos resultados ainda decorria durante o dia de ontem.

Marcelino Martinho explicou que as chuvas danificaram algumas vias de acesso e que, por isso, algumas urnas e respectivas actas de apuramento inicial referentes a algumas áreas da periferia da cidade só foram recolhidas ao longo da manhã de ontem.

Martinho esclareceu que, em face dos editais afixados nas assembleias de voto, os partidos políticos têm o seus apuramentos mas há necessidade de o órgão competente, nomeadamente a CDE, efectuar o seu trabalho de forma serena, e em devido momento apresentar os resultados.

“Nós temos um calendário e estamos dentro desse período que só termina no dia 27. Não quer dizer que vamos anunciar no dia 27 pois assim que o trabalho for concluído será divulgado. Reconhecemos que todos munícipes, os concorrentes e seus partidos, e até o país e o mundo, estão à espera destes resultados”, disse Martinho.

A contagem intermédia aponta que Amisse Cololo, candidato da Frelimo, segue na primeira posição, seguido de Paulo Vahanle, da Renamo. A lei estabelece que será declarado vencedor da eleição o candidato que conseguir reunir cinquenta por cento dos votos, mais um.

De acordo com alguns mapas de apuramento a que o “Notícias” teve acesso, a eleição intercalar na cidade de Nampula foi marcada por um elevado índice de abstenções. De um universo de cerca de 296 mil eleitores estima-se que o número de eleitores que se apresentaram para votar seja inferior ao alcançado nas eleições de 2013, que também não chegou a 26 por cento dos inscritos.

Observadores nacionais e internacionais que fiscalizaram o processo de votação fazem já um balanço preliminar positivo e consideram que não obstante algumas irregularidades de pequena monta o processo de votação foi livre, justo e transparente.