Educação reintegra alunos em Manica
As autoridades do sector da educação iniciaram com um processo para a reintegração dos alunos que abandonaram o ensino em várias escolas dos distritos de Báruè, Manica e Mossurize, na província central de Manica, em Moçambique,
anunciou sexta-feira o titular do pelouro da Educação e Desenvolvimento Humano, Jorge Ferrão.
O ministro, que falava em Chimoio, capital de Manica, explicou que os alunos estão a ser integrados em turmas alternativas nas escolas localizadas nas zonas livres da presença homens armados da Renamo.
Sem avançar o número exacto dos alunos reintegrados, disse que os mesmos vão receber aulas de recuperação para dotá-los com o mesmo nível de conhecimentos dos seus colegas.
Pensamos que a reintegração em turmas alternativas é a melhor saída. O que pretendemos é que estes alunos não fiquem sem estudar. O processo está em curso. Muitos alunos voltaram a sala de aula, disse Ferrão, que descreve a movimentação dos homens da Renamo como sendo uma situação que compromete o funcionamento do sector de educação.
Pelo menos 52 escolas continuam encerradas nas zonas recônditas dos distritos de Báruè, Mossurize e Manica, onde a Renamo, maior partido da oposição, continua a semear terror, perturbando o normal funcionamento das instituições públicas e privadas.
Esta situação afecta particularmente cerca de 22 mil alunos que deixaram de frequentar a escola e centenas de professores que se encontram impedidos de exercer a sua actividade.
Em algumas regiões destes três distritos, as escolas encontram-se encerradas por causa da movimentação de homens armados da Renamo.
Temos escolas em zonas mais distantes desses distritos. As escolas são afectadas directamente e, consequentemente, muitas crianças abandonam o ensino. Os alunos que são colocados em turmas alternativas também vão beneficiar de aulas de recuperação. Queremos que eles tenham conhecimentos iguais a aqueles que estão permanentemente na sala de aula, referiu Jorge Ferrão.
Na província de Manica, as incursões dos homens armados da Renamo iniciaram em princípios deste ano. Para além do sector de educação, a presença dos guerrilheiros da perdiz em algumas zonas tem estado a prejudicar outros sectores que prestam serviços essenciais para as comunidades, com destaque para a provisão de assistência sanitária.