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Distribuídas mais de sete mil carteiras em Nampula

21/07/2016 10:39
Distribuídas mais de sete mil carteiras em Nampula

Um total de 45.600 crianças deixou de receber aulas sentadas ao chão neste ano na província de Nampula, mercê da distribuição pelo sector da educação em várias escolas daquele ponto da região norte de cerca de 7.600 carteiras nos primeiros seis meses.

A boa nova foi anunciada, quarta-feira, pelo director provincial de educação em Nampula, Júlio Mendes, durante a XIII Sessão Ordinária do governo provincial que decorreu na cidade capital.
Segundo Mendes, este é um grande passo que o sector empreendeu, tendo em conta que, para o ano em curso, Nampula prevê alocar cerca de 10 mil carteiras, o que revela que cumpriu o seu plano anual em 76 por cento só no primeiro semestre.
“Este exercício foi muito grande para o sector de educação, isso quando olhamos aquilo que é a realidade de crianças que recebem aulas sentadas ao chão a nível da província. Queremos continuar assim, e diminuirmos, de forma muito notória, o número de crianças que sentam no chão para aprendizagem”, referiu.
Mendes disse que o seu sector está muito preocupado com a situação, visto que embora haja muito esforço nesta componente ainda existem muitos alunos a sentarem no chão e a estudarem em situações lastimáveis, situação agravada pela insuficiência de salas de aulas nas escolas.
“No concreto, ainda precisamos de trabalhar muito. Temos que melhorar a situação de muitas crianças que estudam debaixo das árvores por falta de salas de aulas, o que necessariamente vai melhorar a condição do docente que acompanha estes mesmos alunos”, disse.
Apesar das carteiras alocadas, no concreto, a província de Nampula conta com mais de 500 mil crianças que estudam sentados ao chão, onde a cidade capital lidera o número com cerca de 300 mil alunos.
Existem na província, até agora, 110.444 carteiras (duplas e simples) e são necessárias para suprir o défice deste mobiliário escolar cerca de 89 mil carteiras.
Entretanto, para além de alocar sempre carteiras novas, a fonte disse que o seu sector desenhou estratégias claras, que passam necessariamente em arregaçar as mangas para mobilizar fundos para construção de muitas infraestruturas escolares e reparar as carteiras estragadas que se encontram armazenadas nas escolas.
“O governo pretende fazer uma avaliação profunda para que possamos ter um plano de acção de impacto, isso porque apesar de grandes resultados que se cingem no aumento de alocação de carteiras e construção de mais salas de aulas, temos ainda consciência que ainda há um trabalho bastante grande na área de educação”, reconheceu a fonte. 
Actualmente, a rede escolar de Nampula é composta por 12.118 salas de aulas, das quais 4.730 de material convencional, 1.877 mistas e 5.511 precárias.