Dia Internacional do trabalhador-salários longe de satisfazer necessidades básicas
A Organização dos Trabalhadores Moçambicanos (OTM-Central Sindical), na voz de Samuel Matsinhe, defende que os salários mínimos em vigor no país, estão muito abaixo de satisfazer as necessidades básicas do trabalhador e sua família.
O posicionamento da OTM Central Sindical, foi feito no âmbito do Primeiro de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, que esta quarta-feira se assinala.
“ Só para citar um exemplo, o cabaz de produtos de serviços básicos no nosso país, este ano, nós calculamos em cerca de dezoito mil meticais e, se só o salário mínimo no país ainda anda aos quatro mil e trezentos, arredondados, então é só de imaginar, como é que esse trabalhador com a sua família podem viver. Portanto já ficou claro que posicionamento da OTM de que estes salários não satisfazem as necessidades básicas para o trabalhador e sua família” disse hoje, Samuel Matsinhe, da OTM-Central Sindical , no “Café da Manhã” da Rádio Moçambique.
Na cidade de Maputo, cerca de 30 mil trabalhadores são esperadas hoje, nas cerimónias centrais do 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, cujo ponto mais alto será o desfile na Praça dos Trabalhadores.
Actividades idênticas serão replicadas nas capitais provinciais.
Falando aquando do lançamento das festividades do 1º Maio, Alexandre Munguambe, secretário-geral da OTM Central Sindical denunciou a precarização do emprego, considerando que se trata de uma consequência da violação da legislação laboral em vigor.
Na província de Inhambane, mais de 15 mil trabalhadores dos sectores público e privado marcham também, esta manhã, em solidariedade para com as vítimas dos ciclones IDAI e Kenneth que assolaram as regiões centro e norte do país.
Já em Tete, mais de quinze mil trabalhadores e cerca de cem carros alegóricos vão desfilar, hoje, na comemoração do Dia Internacional do trabalhador.
Enquanto isso, trabalhadores da província de Nampula consideram que apesar do Governo estar, anualmente, a proceder ao reajuste salarial, o ordenado continua a ser insignificante para a sustentabilidade das famílias.(RM)