Destacado esforço de Moçambique
O Governo de Moçambique está comprometido em prover serviços que garantam o uso de contraceptivos ao conceber políticas que garantam os direitos sexuais e reprodutivos, em particular da mulher.
Quem assim entende é o director regional da Federação Internacional para o Planeamento Familiar (IPPF) a nível do continente africano, que falava sexta-feira no final da Semana de Planificação Sobre Comunicação e Advocacia que decorreu em Nairobi, Quénia.
No encontro, que juntou membros de organizações da sociedade civil e profissionais de comunicação social de diferentes países de África, Lucien Kouakou explicou que é através destas políticas que Moçambique conseguiu, nos últimos anos, aumentar o número de mulheres que fazem o uso de contraceptivos modernos.
Contudo, considerou que este incremento está a acontecer de forma lenta pois, como disse, existem lacunas entre as políticas e a acção, facto que se deve a vários factores, entre os quais a guerra civil que durou 16 anos.
“Estou feliz com o governo moçambicano. Está claro o seu cometimento. Mas, do cometimento a acção existem lacunas. Não podemos esquecer que Moçambique esteve em conflito durante muito tempo. É esta situção que faz com que o país pouco avance rumo à mudanças porque a falta de contraceptivos é um facto que faz com que as mulheres não tenham acesso a métodos contraceptivos”, esclareceu Kouakou.
O director regional da maior organização mundial para o Planeamento Familiar referiu-se ainda ao trabalho feito pela Associação Moçambicana para o Desenvolvimento da Família (AMODEFA), parceira da IPPF, na provisão de contraceptivos em diferentes pontos do país. “A AMODEFA faz isso, o governo também, mas ainda é pouco para satisfazer as necessidades não satisfeitas estimadas em 28 por cento”, disse.