Delegado da LUSA ouvido pela Primeira Comissão da AR
O delegado da Agência Noticiosa de Portugal (LUSA), em Moçambique, Herinque Botequilha, foi ouvido esta sexta-feira, em Maputo, pela Primeira Comissão da Assembleia da República na sequência da notícia publicada por este órgão de informação sobre a existência
de uma vala comum com 120 corpos na zona 76, Posto Administrativo de Canda, Distrito de Gorongosa, centro do país.
Na ocasião, Botequilha explicou que a informação foi avançada por um grupo de camponeses, que preferiu falar na condição de anonimato
A notícia sobre a vala comum chegou até a nós como uma denúncia de terceiros, um grupo de camponeses que frequenta a zona, disse o jornalista, acrescentando que a vala não existe, entretanto, não foi intenção da Lusa desinformar as pessoas.
Segundo delegado, a informação sobre a vala comum foi usada de forma abusiva por outros órgãos de comunicação social, sem o consentimento do seu órgão.
Há momentos que perdemos o controlo das notícias quando elas são publicadas. Entretanto, reiteramos que a nossa responsabilidade é de zelar pelas notícias que estão em nossa posse, disse.
Por seu turno, o presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e Legalidade, Edson Macuácua, afirmou que as informações dadas pelo delegado da Lusa vão ajudar para a recolha de mais informações relacionadas ao caso.
Para nós, era importante ouvir a Lusa como um órgão de comunicação social, que foi a fonte primária da informação veiculada sobre alegada existência de vala, disse Macuácua, acrescentando que a informação foi associada à imagens enganosas.
As informações dadas pelo delegado da Lusa vão ajudar na obtenção de mais informações sobre esta questão, adiantou.