Crianças ganham mais atenção do governo em Nampula

Falando por ocasião do Dia da Criança Africana que hoje se assinala sob lema “Conflitos e Crises em África: Protegendo Todos os Direitos das Crianças”, a directora do Género, Criança, Mulher e Acção Social da província de Nampula, Maria da Gloria Siaca, disse que somente nos primeiros três meses do ano em curso a sua instituição apoiou 18.656 crianças que vivem em situações difíceis.
Segundo Maria Siaca, trata-se de crianças que precisam de um atendimento especial, tais como as que vivem na rua, vítimas de violência e abandonadas.
“Nós trabalhamos muito ajudando as crianças em situações difíceis. Isso significa que olhamos para todas aquelas crianças que precisam de um atendimento especial, e em termos de atendimento, hospedamos estas crianças em centros de acolhimento abertos e fechados, distribuídos ao nível da nossa província”, disse Siaca.
Explicou que os centros fechados, são locais onde as crianças permanecem e vivem durante muito tempo, enquanto os abertos são lugares que as crianças frequentam durante o dia para não estarem na rua, e de noite regressam para as suas casas, onde vão conviver com suas famílias. Os referidos estabelecimentos de acolhimento abrigam em média de 902 e 671 crianças, respectivamente.
“Isto significa que o nosso esforço vai todo para que a criança tenha uma vida saudável, harmoniosa e amparada, mas fundamentalmente porque estamos preocupados com aquilo que são os desafios de a criança gozar plenamente os seus direitos” salientou.
Referiu que a criança continua sendo grande desafio para o seu sector, uma vez que é na tenra idade, onde se prepara o futuro do Homem do amanhã.
A fonte pediu o envolvimento de todos organismos do governo, a sociedade civil e actores que trabalham em prol do bem-estar da criança de forma a proporcionar o melhor para a criança vivendo em situações de extrema vulnerabilidade. 
Recordou que a criança tem que merecer uma atenção especial e ser ajudada em todas vertentes, no sentido de gozar todos seus direitos plasmados a nível mundial e que Moçambique ratificou.
A fonte disse que, no mesmo período, o governo de Nampula, atendeu 606 crianças com deficiência no centro inclusivo do ensino especial no distrito de Anchilo e em diferentes escolas regulares.
Para além de fazer o acompanhamento das crianças vivendo em situações vulneráveis e difíceis, a Direcção Provincial do Género, Criança, Mulher e Acção Social atendeu 11.611 crianças em idade pré-escolar, em diferentes centros infantis públicos e privados, assim como em escolinhas comunitárias.
Contudo, admitiu que ainda há muito por fazer, para evitar que as crianças sejam abandonadas a sua sorte.
“O nosso papel como governo é importante, mas é fundamental que as próprias comunidades e famílias reconheçam e tenham consciência dos males que advêm do abandono da criança. O país tem que saber que ao abandonar uma criança, estão comprometer o futuro dela e acima de tudo, veda ela a usufruir plenamente todos seus direitos”, sublinhou.
(AIM)