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Comercialização agricola em ritmo satisfatório

24/05/2017 07:17
Comercialização agricola em ritmo satisfatório

O Governo considera satisfatório o rítmo de comercialização agrícola no primeiro trimestre do presente ano, uma constatação feita durante a 17ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, que hoje teve lugar, em Maputo.

Segundo os dados do Plano Operacional da Comercialização Agrícola, matéria que foi objecto de análise nesta sessão, a comercialização agrícola poderá atingir um total anual de 17 milhões de toneladas de diversos produtos, entre cereais, feijões tubérculos, leguminosas, hortícolas e outros.
O porta-voz do Governo, Mouzinho Saide, explicou à imprensa, no final da sessão, que o Plano visa assegurar que todo o excedente da produção do sector familiar seja colocado no mercado a preços justos e que as empresas agrícolas possam ter motivos para apostar no aumento da produção para abastecer a indústria nacional e contribuir para o aumento das exportações.
“É o início da campanha de comercialização. Para o milho já foram comercializados cerca de oito por cento, arroz (dois por cento), feijão (nove por cento), amendoim (10 por cento) ”, exemplificou.
Em termos numéricos, Saide recordou que a meta anual indica para a comercialização de mais de três milhões de toneladas, tendo sido comercializadas 266 mil toneladas no primeiro trimestre. Para o arroz, a estimativa é de 300 mil toneladas e foram comercializadas cinco mil, enquanto no feijão a comercialização no período em referência atingiu 60 mil toneladas de uma meta anual de 600 mil toneladas.
“Neste início da campanha da comercialização é considerado que as famílias preocupam-se em garantir, primeiro, as reservas para o sustento familiar e, depois, a comercialização. Também, muitas vezes, esperam a estabilização dos preços”, disse Saíde, reiterando que “o rítmo da comercialização é considerado satisfatório”.
Na mesma sessão, o governo aprovou o Regulamento do Fundo da Educação Profissional que estabelece os termos e mecanismos de funcionamento e gestão do mesmo.
O Regulamento, segundo o porta-voz, “visa incrementar os recursos financeiros destinados a promoção de educação profissional com vista a formar profissionais de qualidade, aumentar os seus níveis de empregabilidade e promover parceiras público-privadas com vista a assegurar a contribuição dos grandes projectos no financiamento de educação profissional”.
O Conselho de Ministros apreciou e aprovou, igualmente, uma resolução que aprova a Estratégia do Marketing do Turismo 2017-2021, que tem em vista criar um ambiente macroeconómico equilibrado e sustentável como pilares para melhorar a competitividade de Moçambique como um destino turístico e de investimento assente no seu grande potencial turístico, qualidade e originalidade dos seus atractivos, recursos naturais e riqueza cultural.
Outros documentos incluem o decreto que aprova Regulamento da Interligação de Redes das Telecomunicações que permite a comunicação entre os subscritores de todas as redes de telecomunicação em Moçambique e um outro decreto que redefine as competências do Instituto Nacional do Caju (INCAJU).
O primeiro estabelece as regras de interligação de redes públicas de telecomunicações e aplica-se aos operadores que estabelecem e operam redes públicas das telecomunicações, enquanto o segundo transforma o INCAJU de uma instituição subordinada para instituição tutelada, “com vista a assegurar flexibilidade nas suas intervenções, maior capacidade e coordenação no processo de produção, comercialização, processamento industrial e exportação da castanha de caju e de outras amêndoas”.
Ainda nesta sessão, o Conselho de Ministros apreciou a Informação sobre o ponto da situação do projecto Iniciativa do Corredor do Norte de Moçambique. 
“Esta região é considerada muito rica de diversidade em termos de recifes, corais, mangais, áreas de pesca, que são consideradas entre as mais importantes do mundo. Por isso, é necessário criar as bases para um futuro sustentável”, sustentou Saide, que é igualmente vice-ministro da Saúde.
(AIM)