Imprensa

Combatentes marcham em Tete contra ataques da RENAMO

22/02/2016 12:22
Combatentes marcham em Tete contra ataques da RENAMO

Os combatentes da Luta de Libertação Nacional marcharam, sábado, na cidade de Tete, em repúdio aos ataques perpetrados pelos homens armados da Renamo, na região do Centro de Moçambique.

A marcha percorreu várias artérias da cidade capital provincial de Tete, numa clara alusão de que os ataques e destruição de viaturas civis é um acto de total terrorismo, sem necessidade no país, dado que o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, esteve e sempre está predisposto a dialogar com Afonso Dhlakama, líder da Renamo, ora nas matas da Gorongosa.
Elias Camuendo, secretário provincial da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN), em Tete, disse, no final da marcha, que Dhlakama deve deixar de matar as pessoas indefesas, porque existem condições para as conversações para se encontrar consenso em torno das diferenças políticas.
“A Renamo deve abandonar a ideia de matar as pessoas, porque não queremos o derramamento de sangue em Moçambique, porque já estamos independentes e o que resta é continuar a desenvolver o país”, afirmou Camuendo.
Segundo o secretário provincial da ACLLN, as pessoas indefesas não têm culpa nenhuma para serem mortas quando estão a viajar dentro do seu próprio país, “por isso, estamos a marchar para que a atitude do líder da Renamo não continue, visto que só retarda o desenvolvimento de Moçambique”.
Os ataques protagonizados pelos homens armados da Renamo ditaram já o retorno de escoltas militares no troço de mais de 100 quilómetros, entre a sede do posto administrativo de Muxúnguè e o rio Save, na Estrada Nacional número um (EN1), na província de Sofala.
Foi exactamente naquele troço que iniciaram os ataques dos homens armados da Renamo nos princípios deste mês, uma situação que aconteceu depois de um interregno de mais de um ano, na sequência do acordo rubricado para a cessação das hostilidades militares, causadas pela tensão política, que opõe o Governo e a Renamo.
Depois do troço de Muxúnguè-Save, os homens armados da Renamo viraram as suas atenções para as regiões de Marínguè e Caia, também em Sofala, onde recentemente atacaram três viaturas, uma das quais camião que carregava uma máquina caterpillar, que resultou na morte de uma pessoa.
Em Tete continuam a circular os homens armados da Renamo, principalmente nos distritos de Moatize e Tsangano. Esta tensão poliítico-militar já provocou a deslocação de cerca de cinco mil moçambicanos para o vizinho Malawi, precisamente no distrito de Mwanza, que se localiza a Sul daquele país vizinho.
(AIM)