Cimeira discute manutenção de paz
O Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, participa de hoje até sexta-feira, em Nova Iorque, na 3.ª sessão da Cimeira dos Chefes de Polícia das Nações Unidas (UNCOPS), evento que tem como objectivo discutir os desafios de manutenção da paz e o papel da Polícia no período pós-conflito.
Moçambique contribui com um efectivo considerável nas acções operativas dos serviços da Polícia das Nações Unidas, relacionadas com os processos de manutenção da paz. O efectivo é 11 mil oficiais de mais de 80 países.
A ONU quer que estas acções sejam reforçadas, como plataforma para o alcance da paz efectiva.
Para as Nações Unidas, a manutenção da paz está actualmente numa encruzilhada. Segundo este organismo, nos mandatos desta Polícia não se reflectem sempre os recursos, requisitos e capacidades disponíveis.
As tarefas incumbidas à Polícia das Nações Unidas continuam a aumentar, enquanto as ameaças assimétricas criam novas consequências e muitas vezes devastadoras às forças de paz.
Pretende-se que a Polícia das Nações Unidas adopte uma postura mais ágil e dinâmica, que permita o apoio proporcional ao contexto específico do país anfitrião face à fase da missão e às realidades no terreno.
A Polícia das Nações Unidas realiza actualmente várias tarefas obrigatórias ao longo do ciclo de vida de uma operação de paz, desde a garantia da segurança básica e protecção a civis imediatamente após o conflito, até ao desenvolvimento da capacidade sustentável do país beneficiário, para lidar com o crime organizado e hediondo.
Os desafios encarados pela Polícia das Nações Unidas são muitos, mas a tarefa de manutenção da paz continua a ser o caminho mais económico e eficiente para a paz e segurança sustentáveis, daí que da sessão da Cimeira dos Chefes de Polícia das Nações Unidas deverão com novas recomendações para consolidar a robustez deste organismo para o alcance dos esforços de prevenção e manutenção da paz.