China capacita camponeses em tecnologias agrárias
A China vai capacitar camponeses moçambicanos em tecnologias agrárias, uma garantia dada sexta-feira, em Maputo, pelo vice-ministro da Agricultura da China, Zhang Taolin.
Falando em conferência de imprensa, minutos após ter mantido um encontro com sua homóloga moçambicana, Luísa Meque, Taolin afirmou que a aplicação das tecnologias agrárias poderá catapultar a mecanização da agricultura moçambicana.
Além da formação dos camponeses, Taolin manifestou interesse em buscar cada vez mais uma cooperação afincada, sobretudo na produção da diversidade do arroz e do sector frutífero.
“Vamos cimentar intercâmbio na área de tecnologia e, brevemente, vamos não só dar ênfase à espécies de arroz, mas também algumas frutas tal como o caju”, vincou o governante chinês.
Por seu turno, a vice -ministra da Agricultura e Segurança Alimentar moçambicana disse que, durante o encontro, ambos governantes salientaram a necessidade da cooperação no sector de formação, incluindo a produção de sementes e criação animal.
Sobre o sector animal, Luísa Meque destacou a troca de experiências, essencialmente no manuseamento de vacinas.
“Estamos ainda comprometidos com a área de produção de vacinas para que realmente tenhamos que aumentar o nosso efectivo pecuário a nível do país”, afirmou.
Revelou que, num futuro breve, um total de 30 técnicos agrários deverão deslocar-se a China para serem capacitados num curso de curta duração, bem como um total de 100 técnicos agrários moçambicanos deverão receber formação com os técnicos chineses em matérias agrárias.
“Teremos o privilégio de receber alguns especialistas chineses que estarão cá em Moçambique para transmitir a tecnologia para os nossos técnicos e produtores”, disse Meque.
É do interesse do Governo e a breve trecho, segundo a vice-ministra, transformar o produtor moçambicano de subsistência para mecanizada.
Há sete anos, a China financiou a construção de um Centro de Investigação e Transferência de Tecnologias Agrárias, localizado em Umbeluzi, distrito de Boane, província meridional do Maputo.
Trata-se de um empreendimento orçado em mais de seis milhões de dólares, financiados no âmbito da cooperação existente entre os dois países no domínio da ciência e tecnologia.
Ocupando uma área de 52 hectares, o centro inclui escritórios para administração, salas para a formação, laboratórios e residências para os investigadores, técnicos, formandos, entre outras infraestruturas, bem como campos para a realização de testes e produção agrícola, sistema de irrigação e espaço para a produção animal.