Calamidades naturais matam 61 pessoas desde Outubro em Moçambique
As calamidades naturais mataram 61 pessoas desde Outubro em Moçambique de um total de 150 mil afectadas, anunciou hoje o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades Naturais (INGC).
Falando em conferência de imprensa, a directora da área de Prevenção e Mitigação no INGC, Ana Cristina, afirmou que as mortes ocorreram em diferentes pontos do país e foram provocadas por chuvas intensas, inundações e raios.
Ana Cristina adiantou que 7.296 casas foram totalmente destruídas e 14 mil sofreram danos parciais devido às intempéries.
De acordo com as previsões do Governo, serão necessários mil milhões de meticais (cerca de 13 milhões de euros) para todas as acções de apoio na actual época das chuvas, mas o Estado ainda só conseguiu mobilizar 160 milhões de meticais (dois milhões de euros) do Orçamento de Estado, referiu a dirigente do INGC.
O Governo enfrenta um défice de 940 milhões de meticais (12 milhões de euros).
"Lançamos uma campanha de solidariedade, para estas situações que têm deixado famílias numa situação de alta vulnerabilidade", acrescentou Ana Cristina.
No domingo, o INGC começou a retirar população cercada pela água nas margens do rio Save, centro do país, devido a inundações causadas por chuvas torrenciais no Zimbabué.
Na Vila Nova Mambone, a norte da província de Inhambane, sul do país, 400 famílias foram retiradas dos seus bairros, devido à enchente do Save.
"Mantém-se o alerta na Vila Nova Mambone", afirmou o delegado regional do INGC, César Tembe.
Em declarações ao diário Notícias, o administrador do distrito de Machanga, província de Sofala, centro de Moçambique, afirmou que 2.533 pessoas estão isoladas pela água noutro ponto do rio, precisando urgentemente de salvamento.
Moçambique é ciclicamente atingido por cheias durante a época chuvosa, de Outubro e Abril.