Assinado contrato para dragar Porto de Maputo
Está tudo a postos para o arranque próximo mês dos trabalhos de dragagem de aprofundamento do canal do Porto de Maputo, num investimento calculado em 115 milhões de dólares norte-americanos financiados por diferentes parceiros, incluindo o Governo de Moçambique.
Ontem teve lugar na cidade de Maputo, a assinatura do contrato entre a EDPM, uma holiding pertencente à empresa de Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, Grindrod e DP World, accionistas do MPDC titulares do Porto de Maputo e a Jan de Nul Dredging Midlle East FZE, empresa dos Emirados Árabes Unidos, que deverá realizar os trabalhos.
A cerimónia foi testemunhada pelo ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita.
Com esta operação pretende-se que a profundidade do porto melhore dos actuais 11 metros para 14,2, para acomodar embarcações com capacidade até 80 mil toneladas contra as actuais 60 mil, tornando a infra-estrutura mais competitiva nos mercados regional e internacional.
Para os gestores do porto, dragar o canal de acesso é uma decisão estratégica que irá não só permitir atingir a meta estabelecida de manusearmos 40 milhões de toneladas até ao final da concessão, mas que terá igualmente benefícios a longo prazo para a economia moçambicana.
Os gestores do porto anunciaram em meados do ano passado a redução para dois dias e meio o tempo necessário para as operações de carregamento de navios até 40 mil toneladas, trabalho que até àquela altura era feito em mais de 72 horas.
Trata-se de uma melhoria que resultou em grande medida, da recente aquisição e entrada em funcionamento de dois guindastes móveis.
A previsão de manuseamento de carga no Porto de Maputo em 2015 era de 17 a 18 milhões de toneladas.
O porto é parte integrante do corredor de Maputo, composto pelas linhas férreas de Ressano Garcia, Limpopo e Goba e ainda pela N4 (estrada Maputo – Witbank), servindo como ponto de importação e exportação de produtos da África do Sul, Suazilândia e Zimbabwe, estes dois últimos sem acesso directo ao mar.
A infra-estrutura portuária está concessionada, até 2033, à Companhia de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), uma empresa privada, nacional, que resulta da parceria entre os Caminhos de Ferro de Moçambique e a Portus Indico, constituída pela Grindrod, DP World e a empresa Moçambicana Mozambique Gestores.
Fonte: Jornal Notícias