Zambézia/polícia recupera onze mil litros de combustível roubado no alto mar

A empresa dedica-se à exploração e exportação de areias pesadas nos distritos costeiros de Inhassunge e Chinde, a sul da província, sendo que a embarcação é usada nas operações de teste mineiro.
O produto do roubo foi transportado do local do crime através de canoa e lanchas e baldeado numa das unidades residenciais de Quelimane, Incidua, nas margens do rio dos Bons Sinais.
Em conexão com o crime, três cidadãos, todos de nacionalidade moçambicana, estão sob custódia policial, após terem sido flagrados pela corporação na posse daquela quantidade de combustível em trânsito para o circuito comercial ilegal no mercado negro.
O facto foi tornado público esta segunda-feira, em Quelimane, pelo porta-voz da polícia no Comando Provincial da Zambézia, Miguel Caetano, durante o habitual briefing semanal à imprensa sobre acção operativa da corporação naquele ponto do país. 
Caetano disse que os autores do crime tentaram aliciar a brigada operativa da polícia com um valor monetário estimado em 14 mil meticais.
O porta-voz indicou que a tentativa de suborno aos agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) visava, em primeira instância, destruir a arma do crime.
Depois de uma denúncia pelas vítimas, segundo Caetano, a polícia desencadeou uma operação mista que culminou com a neutralização de três dos indivíduos envolvidos no roubo do combustível. 'Trata-se de uma quadrilha e os outros comparsas estão a monte'. 
No período em análise, a polícia destacou desmantelou, ainda, uma rede de falsificadores da moeda estrangeira norte americana.
Na mesma senda foram igualmente neutralizados outros criminosos, desta feita na posse de quatro mil dólares norte-americanos, fruto de uma actividade de falsificação de moeda estrangeira, revelou o porta-voz. 
A polícia manifestou-se apreensiva com o recrudescimento de criminalidade na cidade de Quelimane, a capital provincial, e nos distritos de Mopeia, Molumbo e Nicoadala.
Registou quatro casos de delito comum dos quais três roubos e um homicídio qualificado, sendo que os primeiros com recurso a arma de fogo.
O outro grupo, composto por oito indivíduos, assaltou uma residência de um cidadão de nacionalidade Bengali, onde se apoderaram de 70 mil meticais. 
O outro caso de roubo ocorreu no distrito de Mopeia, onde um grupo de seis meliantes, também munido de armas de fogo, roubou mais de 105 mil meticais. 
Neste caso foi possível a recuperação de parte do valor e neutralização de três dos seis criminosos pertencentes a quadrilha, disse o porta-voz, assegurando estar no encalço dos restantes integrantes da quadrilha.
No período em referência, segundo a polícia, outros sete criminosos esquadrejaram um cidadão portadora de albinismo no distrito de Molumbo, tendo se apoderado dos órgãos genitais e dos respectivos membros superiores e inferiores da vítima. 
Em resposta ao macabro crime, três dos sete criminosos foram imediatamente neutralizados pela polícia para posterior responsabilização pelos actos desumanos por si praticados, acrescentou o porta-voz.
Ainda na semana finda, o chefe do Departamento Logístico no Comando Provincial da PRM, Elias Gemusse, foi conduzido à cadeia, em cumprimento de uma decisão do tribunal judicial local.
Relativamente a este caso, o porta-voz afirmou serem ainda escassas as reais causas que culminaram com a condução à cadeia do seu superior hierárquico a mando do tribunal. 
Vezes há em que o tribunal, por si só, tem agentes operativos que desencadeiam uma acção criminal contra indivíduos. Por isso, torna-se complicado assumir algum posicionamento acabado sobre este caso, justificou.