Imprensa

Vitória Diogo aponta a caneta como a salvação para a mulher de hoje

09/03/2017 07:48
Vitória Diogo aponta a caneta como a salvação para a mulher de hoje

A Ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Dias Diogo, é da opinião que a emancipação e a conquista dos direitos por parte da mulher, nos dias que correm, passam pela sua educação integral, sobretudo a moderna, que é aquela que confere o verdadeiro poder, tanto à mulher como ao seu parceiro homem, através da caneta.

Falando para suas colegas do Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS), na tarde desta quarta-Feira, por ocasião do 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, Vitória Diogo disse que é importante a mulher despertar para tomar o seu legítimo lugar na sociedade, sem perder de vista os melhores e aconselháveis caminhos e métodos para o efeito, porque a mulher de ontem tinha o seu próprio contexto e singrou, não obstante o seu reduzido espaço de manobra, relativamente ao homem. Mas a de hoje tem que ir mais além.

Hoje, prosseguiu a ministra, essa situação tende a inverter-se, na medida em que é permitida à mulher que conquiste o poder e o seu lugar na sociedade, em pé de igualdade com o seu companheiro quotidiano, o homem, desde a casa até o serviço. Apontou como valores que levam a mulher de hoje à essa conquista, para o caso profissional, a competência, profissionalismo, desempenho e entrega ao trabalho.

Como que a simbolizar o que estava a dizer e instando-as para uma reflexão, Diogo distribuiu, a cada mulher funcionária do MITESS presente na sala de conferências, em Maputo, uma caneta, explicando que tem sido esse instrumento de trabalho a levar muitas mulheres a alcançarem a emancipação e a encontrar o seu caminho, ao mesmo tempo que chamava atenção ao facto de o poder não significar a troca de papel entre a mulher e o homem na sociedade, mas sim o exercício da igualdade nos direitos e deveres, bem como de oportunidades.

Como funcionárias, recordou às colegas que em Moçambique não existe a discriminação da mulher com base na remuneração, um outro dado que revela o grande avanço que ela registou na sua emancipação, porque antes nem se podia pensar em privilégios ou o emprego da mulher como hoje acontece. As mulheres do “25 de Setembro de 1964” abriram o caminho para as de 8 de Março e, as de hoje já têm um outro contexto e meios de luta, através da caneta e da profissão conquistada com competência.

Não há outra fórmula de a mulher hoje e no futuro conquistar a sua liberdade ou poder social sem passar pela escola. Mesmo concluindo a escola, hoje a mulher precisa de estar sempre actualizada e adaptada às transformações do mercado, de forma a sustentar o mérito do lugar que ocupa, porque as mulheres de ontem não eram de carreiras como acontece nestes dias.

A titular do pelouro do Trabalho, Emprego e Segurança Social, que para além da caneta também ofereceu um ramo de flores a cada uma, recordou que hoje essa luta já é visível nas mulheres, não apenas no seu Ministério, como também noutros sectores de actividades e frentes de produção, bastando olhar para aquilo que tem sido o papel e o protagonismo que a mulher representa, lado a lado com o parceiro homem, quer em termos de distribuição e execução de tarefas, quer no concernente a cargos de direcção e no mundo da política.

Recorrendo a exemplos concretos, Vitória Diogo disse que a bravura da mulher moçambicana não é um assunto recente pois, vem de há muito tempo, bastando recuar um pouco na nossa história comum, em que as mulheres do “25 de Setembro”, cansadas da opressão perpetrada pelos colonos portugueses e outras humilhações, decidiram juntar-se aos homens na frente de combate, com o intuito de expulsar o colono da nossa terra e, por via disso, viverem livres hoje.

Esse espírito, disse a ministra, continua até hoje na mulher moçambicana, mas já com outras “armas” e em terreno de teatro diferente, através do seu saber e trabalho, igualmente lado a lado com o parceiro homem.

Disse, por outro lado, sentir-se feliz por fazer parte de um grupo de mulheres que desempenham um papel que a tradição, aparentemente, o tinha rotulado como sendo de contexto masculino, como é o caso do dirigismo. A mulher é hoje também o centro das decisões, em todas as esferas da vida, desde de índole social, económica, política até cultural, em que ocupa lugares de destaque, por reconhecimento do seu papel e não por mera partilha de oportunidades e igualdade.

Encorajou às suas colegas do MITESS para que nunca pensarem em desistir de qualquer coisa que acham que podem realizar, enquanto mães geradoras de vidas no mundo ou enquanto profissionais, porque hoje há cada vez mais espaço e oportunidades para mostrarem o que valem ou podem fazer, conquistando esses valores com o seu trabalho. – “ Tentem, ao máximo, serem felizes, porque uma mulher significa a felicidade da sociedade” – instou ás funcionárias.

O encontro das mulheres funcionárias do MITESS terminou com um brinde de ocasião e uma visita a um lar que acolhe mulheres idosas localizada em Lhanguene, na cidade de Maputo, para oferecer ramos de flor e alguns produtos, em jeito de solidariedade. (RM-MITESS)