Vinte e seis milhões de pessoas recenseadas até 14 de agosto
Pelo menos cerca de 26 milhões de pessoas foram recenseadas em todo o país, até o dia 14 de Agosto do corrente ano, um dia antes do fim do processo que arrancou a 1 do mesmo mês, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Falando hoje, em Maputo, durante uma conferência de imprensa, o Porta-voz do INE, Cirilo Tembe, explicou que a cifra corresponde a uma cobertura total de 98,9 por cento de população registada em todo o país.
Temos 26.822.464 recenseados. Estes dados são referentes até ao dia 14. Pode ser que, a qualquer momento, cheguem mais dados e tenhamos que fazer actualização dos mesmos, disse Tembe, acrescentando que este processo foi marcado pela presença de missões de observação nacional e internacional.
O Porta-voz esclareceu que a inexistência de todos os dados do censo se deve ao facto de alguns centros não terem ainda canalizado as informações para a sede do INE.
Segundo Tembe, até finais de Outubro todos os dados vão ser enviados para a sede do INE, na cidade de Maputo. Assim, posteriormente, os dados preliminares vão ser enviados em Dezembro e os finais serão divulgados em Junho de 2018.
Na cidade de Maputo, de acordo com dados disponibilizados pelo INE, foram recenseadas 1.098.942 pessoas contra 1.273.076 das projecções do censo de 2007. Este número corresponde a uma cobertura de 86.3 por cento de pessoas registadas.
Enquanto isso, na província de Maputo foram recenseadas um total de 2.457.461 pessoas, uma subida que se pode dever ao processo migratório da cidade de Maputo àquela província nos últimos anos.
Deste modo, as projecções feitas pelo censo de 2007 para a província de Maputo fora excedidas. Segundo o censo de 2007, era suposto que no ano em curso, na província de Maputo, tivesse um universo de 1.858.597 pessoas.
Esta tendência se registou também nas províncias de Niassa, Cabo-Delgado e Nampula, no norte de Moçambique. Por exemplo, em Niassa foram recenseadas 1.860.300 de pessoas contra 1.789.120 projectados pelo censo de 2007.
Por outro lado, três províncias no centro do país têm um nível de cobertura crítico. Trata-se da província de Manica com 82,8 por cento, Zambézia com 74,7 por cento e Tete, com apenas 72,3 por cento.
Tembe disse que ainda decorrem tentativas de recensear o líder da Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, que se encontra nas matas de Gorongosa, na província de Sofala, com os seus homens.
Estamos a manter contacto, de forma a recensear o líder da Renamo, e não tem havido constrangimentos, disse.
(AIM)